Tavira capital da caça, da pesca e do mundo rural durante três dias

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Fernando Severino, Jorge Botelho e Vítor Palminha (em primeiro plano)

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Feira arranca esta sexta-feira e termina no domingo. Inclui exposições, concursos, colóquios, animação musical e gastronomia regional. No domingo à tarde recebe a visita do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres

DOMINGOS VIEGAS

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Os 180 ‘stands’ que compõem a 21.ª edição da Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural estão preenchidos há várias semanas, facto que levou a organização, a cargo da Federação de Caçadores do Algarve, a ter que rejeitar diversos interessados em mostrar os seus produtos em Tavira, revelou Vítor Palmilha, presidente daquela entidade.

Esta situação mostra bem o interesse que o certame desperta, de ano para ano, no mundo da caça, da pesca e das atividades ligadas ao meio rural. A feira volta a realizar-se no Parque de Feiras e Exposições de Tavira e ocupará 15.000 metros quadrados, dos quais 3.600 de área destinada aos expositores. A edição deste ano tem a particularidade de coincidir com o 25.º aniversário da Federação de Caçadores do Algarve.

Exposição de animais exóticos ampliada

Quem se deslocar ao evento, que começa esta sexta-feira e decorre até domingo, poderá assistir a demonstrações de caça com coelhos e cachorros, provas de cães coelheiros, corridas de galgos, concursos de cães e matilhas (18 matilhas, 300 cães) e de mel do Algarve, torneios de sueca e de malha, bem como diversas exposições, entre as quais a de animais exóticos, que este ano será maior e terá zebras e cangurus, entre outras espécies oriundas de diversas latitudes.

A gastronomia regional também voltará a estar em destaque, nas tradicionais tasquinhas, bem como a animação musical, que tem o seu ponto alto no sábado, com a atuação de Wanda Stuart, antecedida pelos espetáculos de folclore e da fadista Sara Gonçalves. Na sexta-feira haverá sevilhanas e flamenco.

No sábado à tarde, a feira acolhe a reunião da Comissão Nacional de Homologação de Troféus (veado e javali) e a reunião da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, onde estarão presentes representantes de todas as federações do país, bem como da Galiza, País Basco e Andaluzia (Espanha).

Colóquio debate futuro da caça

Para a manhã de domingo está agendado o colóquio que irá debater o presente e as perspetivas futuras da caça. No mesmo dia, mas à tarde, acontece a visita do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres.

“A caça é cada vez menos apoiada e cada vez está pior. Mas temos esperança que a situação melhores com a nova equipa ministerial”, considerou Vítor Palmilha, no dia de apresentação do certame, frisando, no entanto, que “o colóquio marcado para domingo será certamente muito quente”.

Organizar a feira custou, este ano, 150 mil euros, um valor inferior ao da edição anterior. A Câmara Municipal de Tavira contribuiu com 60 mil euros, dos quais 35 mil em apoio logístico e 25 mil em comparticipação financeira direta.

O edil tavirense Jorge Botelho garantiu que, enquanto for presidente da Câmara, a autarquia vai continuar a apoiar o evento. “A feira é um ponto de encontro da cinegética e do mundo rural. Faz parte da animação de verão em Tavira e daquilo que é a resposta para atrair milhares de pessoas nesta altura do ano”, sublinhou, destacando ainda que 90 por cento do território do concelho é ocupado por área rural e de serra e que, por isso, faz todo o sentido que a feira se realize em Tavira.

“Os caçadores e o mundo rural têm uma grande dinâmica em Tavira e no Algarve. Estamos empenhados em desenvolver essas atividades, pois são setores que estão a passar por grandes dificuldades”, explicou Jorge Botelho.

A cinegética de “mãos dadas” com o setor florestal

Por seu turno, o diretor regional da Agricultura e Pescas, Fernando Severino, destacou o facto da feira se realizar na “capital portuguesa de dieta mediterrânica” e frisou que o mundo rural “é o principal motivo” do apoio daquela direção regional ao certame. Porém, Fernando Severino recordou que, atualmente, já se assiste a uma maior dinâmica florestal e que “a cinegética pode contribuir para aumentar ainda mais” este setor.

O diretor regional sublinhou ainda a importância da feira, não só em termos de promoção de produtos mas também no âmbito dos encontros entre profissionais e especialistas de diversas áreas e a troca de experiências. “É preciso potenciar o mundo rural. Ainda há muito para crescer e esse crescimento é possível se trabalharmos todos juntos”, defendeu Fernando Severino.

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