A foto de Dzhokhar Tsarnaev que faz a capa da “Rolling Stone” está a atear a polémica. Nas redes sociais chovem críticas de que dá uma imagem glamorosa do terrorista. Uma cadeia norte-americana já anunciou que não vai receber a revista.
Divulgada esta madrugada, a capa do novo número da “Rolling Stone”, com a imagem de Dzhokhar Tsarnaev e o título “O Bombista”, já provocou uma chuva de críticas nas redes sociais e a decisão da CVS, a segunda maior cadeia de farmácias norte-americana, de não receber a revista.
No Twitter e no Facebook inúmeras pessoas acusam a revista de glamourizar o jovem de 19 anos, atualmente a ser julgado sob a acusação de, com o seu irmão, ter perpetrado os atentados da maratona de Boston.
Para além da escolha de Dzhokhar Tsarnaev, a onda de indignação é ampliada pela foto em questão ser considerada “de mau gosto” e “ofensiva”. Há mesmo quem a compare com a imagem de Jim Morrinson num disco dos Doors.
Apelo de antigo treinador poderá ter sido decisivo
“Como um popular, promissor estudante foi desacompanhado pela sua família, caiou no radicalismo islâmico e tornou-se um monstro”, é o modo como é apresentado na capa da “Rolling Stone”, o artigo elaborado por um repórter que passou dois meses a investigar a vida de Tsarnaev, entrevistando desde amigos de infância e de liceu, professores, vizinhos e agentes da autoridade.
Segundo a revista, o apelo do seu antigo treinador para que se rendesse, mencionado pelos negociadores do FBI enquanto o jovem estava permanecia no barco onde se escondera, poderá ter sido decisivo para a sua rendição.
Nos meses antes dos atentados, a sua família desintegrou-se com a ida dos seus pais para a Rússia e a perca do contacto com as duas irmãs mais velhas, refere ainda a apresentação do artigo da “Rolling Stone”.
