O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse ontem ser “muito, muito hostil” a qualquer tipo de “guerra de moedas”, refutando ainda a expressão para descrever a situação atual.
“Nós estamos muito, muito hostis a qualquer tipo ou espécie de guerra de moedas”, disse Jean-Claude Trichet aos jornalistas à margem da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), que terminou hoje em Washington.
“Eu não caracterizaria a atual situação com essas palavras”, acrescentou Trichet, que assegurou ter “plena confiança” na capacidade da comunidade internacional em “encontrar formas de continuar a cooperar”.
A expressão “guerra de moedas” foi usada pelo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, para descrever o que pode acontecer se os governos utilizarem a desvalorização das divisas para promover as exportações e, logo, a recuperação económica.
Questionado sobre a possível desvalorização do dólar, Jean-Claude Trichet assegurou apenas ter confiança nos Estados Unidos e no seu interesse num “dólar forte”.
“Não vou comentar o que a Reserva Federal (Fed) pode ou não fazer”, respondeu.
AL/JA