Políticos mais otimistas do que os técnicos nas buscas pelo avião desaparecido

ouvir notícia

Nesta sexta-feira assinala-se o 35.º dia da operação de buscas pelo avião malaio

O primeiro-ministro australiano garantiu esta sexta-feira estar “muito confiante” de que os sinais detetados recentemente pertençam às caixas negras do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido a 8 de março. No entanto, o chefe australiano da missão, Angel Houston, pede “precaução” e sublinha que a prioridade é verificar se os sinais detetados pertencem ou não ao avião.

Na terça-feira, o navio “Ocean Shield” captou sinais por duas vezes, que podem ser compatíveis com os dados do aparelho malaio. Perante este facto, o chefe de Governo australiano evidenciou o seu otimismo. “Limitámos bastante a área de buscas e estamos muito confiantes de que os sinais sejam das caixas negras do voo MH370. Esperamos ter mais informações antes que expirem as baterias das caixas negras “, declarou Tony Abbott aos jornalistas, durante uma visita oficial à China.

As equipas intensificam agora as buscas no Oceano Índico, uma vez que se trata de uma missão em contrarrelógio, porque as baterias que alimentam os sinais transmitidos pelas caixas negras têm uma duração média de cerca de 30 a 45 dias. Esta sexta-feira já é o 35.º dia da operação.

- Publicidade -

Houve ou não desvio deliberado do voo?

Entretanto, o ministro do Interior malaio Ahmad Zahid Hamidi disse na quinta-feira que as autoridades estão a alargar a investigação a funcionários e familiares da tripulação, para tentarem descobrir mais dados e confirmar se se tratou ou não de um desvio deliberado do voo.

Neste âmbito, a polícia malaia já trabalha em cooperação com o FBI na troca de informações e consultas com peritos.

“A polícia malaia continua a investigar. Cerca de 180 pessoas foram entrevistadas e está-se agora a filtrar toda a informação. Quando houver dados concretos e conclusivos, informaremos a imprensa”, afirmou Ahmad Zahid Hamidi.

Antes, o ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein, explicou que as autoridades do país não vão divulgar mais dados até terem uma “conclusão”, para não prejudicar a investigação e também por respeito aos familiares das vítimas.

Homenagem às vítimas

Entretanto, esta sexta-feira a polícia malaia prestou um minuto de silêncio em homenagem aos passageiros e tripulação do voo da Malaysia Airlines. Khalid Abu Bakar, inspetor geral da polícia, explicou que o objetivo principal é encontrar as caixas negras e perceber o que aconteceu no cockpit antes de o avião ter perdido contacto.

A megaoperação de busca conta com a participação de 26 países e inclui satélites, aviões, navios e submarinos disponibilizados por Inglaterra, França, pela Nova Zelândia ou Coreia do Sul.

O voo MH370 da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, partiu a 8 de março de Kuala Lumpur com destino a Pequim, às 0h41 (16h41 em Lisboa), e desapareceu dos radares às 2h41 (18h41).

RE

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.