O que tem o Benfica?

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Estamos em Agosto. Por muita fé que se tenha em Jesus, a época do Benfica tem tudo para correr mal. Viajamos até Abril. Por pouca fé que se tenha em Jesus, a época do Benfica tem tudo para correr melhor do que os mais otimistas imaginaram. Neste caminho de oito meses, o futebol dos ‘encarnados’ mudou. Às vezes teve tanta ou mais nota artísticas do que em 2009-10, mas muitas vezes conheceu uma palavra que há cinco anos não havia no dicionário da Luz: pragmatismo. O mesmo que contribuiu para números históricos com o atual treinador no comando: nos últimos 14 jogos do campeonato, o Benfica ganhou 13 e não sofreu golos em 12.

E recuamos novamente a Agosto. Bruno Cortez foi o lateral esquerdo, o plantel era descrito como tendo sérvios a mais, Salvio lesionou-se com gravidade no jogo em Alvalade. O que aconteceu? Siqueira e Sílvio mostraram ser as primeiras opções ‘a sério’ para o calcanhar de Aquiles na equipa deixado por Coentrão; Matic e Markovic provaram ser jogadores com características únicas em Portugal; Cavaleiro saltou da ‘B’ com sucesso para ajudar Gaitán, Suljemani e companhia nas alas.

Passamos para Janeiro. Matic saiu para o Chelsea, Cardozo continuava limitado em termos físicos, Artur era o elo mais fraco para os adeptos. O que aconteceu? Fejsa revelou outras valências mas a equipa, como um todo, melhorou o rendimento a nível de resultados; Rodrigo e Lima fizeram uma dupla temível no ataque (com a ajuda dos centrais goleadores, Luisão e Garay); Oblak aproveitou a lesão de Artur com o Olhanense para agarrar a titularidade e manter uma folha quase limpa.

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Chegamos a Abril. O Benfica é uma equipa que acelera para resolver e abranda para controlar. Um conjunto que gere as quatro competições em que está envolvido com o enfoque principal no resultado e só depois na exibição. Um clube que ultrapassou o espectro do ‘quase’ e o fantasma do FC Porto. Tem uma defesa mais velha que se destaca pela experiência; um meio-campo mais mexido que se destaca pela magia e qualidade; um ataque mais móvel que se destaca pelos golos. Tem Enzo Pérez, tem Gaitán, tem Markovic (e agora tem Salvio). Mas tem, sobretudo, uma equipa. Que se foi consolidando pela capacidade de perceber idiossincrasias. As suas e as do jogo. O Benfica teve capacidade de reinventar-se. E assim terá mais hipóteses de ganhar no futuro.

RE

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