Noite gloriosa aproxima Donald Trump da nomeação

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949. É este o número de delegados eleitorais que Donald Trump já tem garantidos depois de ter vencido, como previam as sondagens, nos estados de Delaware, Connecticut, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island, os cinco que foram a votos esta madrugada. O senador Ted Cruz e o governador do Ohio, John Kasich, nada puderam e de pouco lhes serviu – pelo menos para já – a aliança recém-formada e anunciada no domingo para negarem ao líder da corrida republicana a nomeação.

No discurso das vitórias, a partir de Nova Iorque, o magnata renovou as provocações a Kasich para tentar retirá-lo da corrida, referindo o baixo número de votos que o homem tido como o mais moderado da corrida republicana recolheu esta noite e questionando: “O que é que ele ainda aqui está a fazer?”

Neste momento, com 502 delegados ainda em disputa, Trump precisa de chamar a si pelo menos 288 outros representantes eleitorais para ultrapassar o mínimo de 1237 de que necessita para garantir a nomeação do partido. Isso ficou agora mais fácil, ainda que continue a ser possível que chegue à convenção nacional do partido sem ter ultrapassado esse limite mínimo. Se esse for o caso, os republicanos terão a sua primeira brokered convention, ou convenção aberta, em décadas, escolhendo internamente quem irá disputar a Casa Branca em novembro.

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A julgar pelas votações desta madrugada, será Hillary Clinton a bater-se com ele nas eleições nacionais. Apesar de com margens mais curtas do que era antecipado pelas sondagens, a ex-secretária de Estado venceu em quatro dos cinco estados a votos, sendo derrotada por Bernie Sanders apenas em Rhode Island. Essa pequena vitória do senador pelo Vermont, inesperada dado que os inquéritos de intenções de voto antecipavam vitórias exclusivas de Clinton, é o suficiente para mantê-lo na corrida democrata para já.

A próxima etapa das primárias acontece já a 3 de maio, no Indiana, havendo 57 delegados republicanos e 92 democratas em disputa. Sob o pacto Cruz-Kasich, o governador do Ohio abdicaria de concorrer nesse estado para garantir que os seus votos vão para Cruz, numa derradeira tentativa de travarem Trump – com Kasich a receber, em troca, os eleitores do senador no Oregon (17 de maio) e no Novo México (7 de junho).

A julgar pelas primeiras horas de declarações públicas logo a seguir a terem anunciado esse acordo, é possível que este desabe ainda antes da ida às urnas no Indiana. “Menos de 12 horas depois de o pacto ter sido anunciado”, escreve o “Washington Post”, “Kasich voltou atrás na ideia ao declarar aos seus apoiantes no Indiana que devem, ainda assim, votar nele.” O governador do Ohio planeia ainda continuar a angariar fundos no estado e mantém o encontro com o governador republicano Mike Pence. Entretanto, Cruz acusou-o de estar a retirar-lhe o estado prometido, garantindo por sua vez que vai continuar a pagar por anúncios anti-Kasich naquele estado. Ou seja, tudo boas notícias para Trump.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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