No próximo dia 23 de agosto, assinalam-se duas efemérides caras a Lagos. A primeira remete para a reunião de câmara de 23 de agosto de 1930, na qual foi decidida a criação do museu municipal. A segunda, intimamente relacionada com o Mercado de Escravos, diz respeito ao Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e da sua Abolição.
Visitas orientadas, dia aberto nos espaços museológicos, concerto, exposição e um documentário são as várias iniciativas, de entrada gratuita, que fazem parte de um programa que a autarquia preparou para não deixar passar em branco estas duas efemérides.
Para além de visitas orientadas ao museu e Mercado de Escravos, para melhor ficar a conhecer estes dois importantes equipamentos museológicos do município, haverá também a oportunidade de assistir a um concerto ou a um documentário. No primeiro, previsto para as 21h30, na Igreja de Sto. António, e integrado no ciclo de música antiga “Barroco em Talha Dourada”, será apresentado o concerto “Pajarillos Fugitivos”, com Jonathan Alvarado (guitarra barroca e canto). Também pelas 21h30, mas no Centro Cultural de Lagos, será exibido, na data em que a UNESCO comemora o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e da sua Abolição, o documentário “Gurumbé, canciones de tu memória negra”. A descoberta de escravos africanos na lixeira moderna de Lagos é o ponto de partida deste documentário, com o qual se pretende chamar a atenção para a forte presença de populações africanas na Península Ibérica, especialmente durante os séculos XV e XVIII. Após a exibição do documentário (70 minutos) haverá lugar a uma sucinta apresentação com o realizador do mesmo, Miguel Angel Rosales. No encerramento atuará o quadro flamenco de Yinka Graves.
Ainda dentro destas comemorações, haverá lugar para conhecer uma peça que estará em destaque no museu municipal – o quadro “O Sonho”, da autoria do artista plástico Timo Dillner e no final do mês, a 26 de agosto, será inaugurada, no forte Ponta da Bandeira, a exposição “Rolling”, do projeto Soulmade (Cristina Moreira e Nuno Borges), que ficará patente ao público até ao final do ano.
JA