ETAR Faro-Olhão custará 22 milhões e vai servir 113 mil pessoas

ouvir notícia

Primeira pedra foi colocada pelo secretário de Estado do Ambiente

.

A primeira pedra da futura ETAR Faro-Olhão foi lançada esta segunda-feira, numa cerimónia que incluiu a assinatura do auto de consignação entre a empresa Águas do Algarve e o consórcio que irá realizar a obra, bem como uma apresentação técnica de todo o projeto.

A infraestrutura vai custar 22 milhões de euros, dos quais 18,5 milhões serão financiados pela Fundo de Coesão (Programa Operacional Temático Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), e funcionará com tratamento biológico inovador: a tecnologia Nereda de grânulos aeróbios, que permite diminuir o volume global de construção, reduzir as emissões de carbono da ETAR e contribuir para a sustentabilidade global da instalação.

- Publicidade -

Devido à utilização das mais recentes tecnologias, os responsáveis da Águas do Algarve consideram mesmo que a ETAR “marca um novo paradigma na conceção de instalações deste tipo”.

A instalação vai tratar as águas residuais de uma população de cerca de 113 mil habitantes, pertencentes às cidades de Faro e Olhão e à vila de S.Brás de Alportel. O caudal diário de tratamento ascende a 28.000 m3 com pontas horárias de até 4.800 m3.

Com a construção da nova estação de tratamento de águas residuais serão desativadas as ETAR Faro Nascente (a nova vai nascer neste local) e Olhão Poente. O subsistema de saneamento Olhão Poente será ligado à nova ETAR mediante a construção de um sistema elevatório.

“A nova ETAR foi projetada para dar resposta aos desafios crescentes da atualidade. A sua construção vai permitir desativar os sistemas de lagunagem das ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente, contribuindo para a melhoria global do meio ambiente”, explicam os mesmos responsáveis.

Atualmente, parte significativa das águas residuais geradas na capital algarvia são tratadas na ETAR Faro Nascente, localizada cerca de 2,5 quilómetros a leste da cidade, no concelho de Faro, e parte significativa das águas residuais produzidas na cidade de Olhão são tratadas na ETAR de Olhão Poente, localizada a cerca de 1 quilómetros a oeste da cidade, no concelho de Olhão.

“Estas infraestruturas de tratamento encontram-se subdimensionadas face às condições de afluência (qualitativa e quantitativa) atuais e assentam em sistemas de lagunagem, que se revelam desadequados face aos níveis de qualidade agora exigidos para o efluente tratado a descarregar no meio recetor, respetivamente a Ria Formosa”, recorda a Águas do Algarve.

Neste contexto, foi elaborado o Estudo Prévio do Sistema Intermunicipal de Interceção e Tratamento de Águas Residuais de Faro e Olhão, tendo-se concluído que a solução mais vantajosa, em termos técnicos e económicos, corresponde à construção de uma única ETAR: a futura ETAR Faro-Olhão.

“Importa referir que estas instalações de tratamento também emanam um odor muito ativo, em certas épocas do ano, que penalizam os estabelecimentos hoteleiros e habitações construídas nas proximidades das mesmas”, acrescenta a Águas do Algarve, referindo-se às estruturas que irão ser desativadas.

O investimento relativo à construção da futura ETAR de Faro/Olhão, assentará numa empreitada sob o figurino de conceção-construção. No Subsistema de Faro Nascente o investimento previsto resume-se às intervenções a realizar na atual ETAR com o mesmo nome. Esta será objeto de reforço e ampliação, de modo a integrar as afluências dos aglomerados populacionais de Estoi, Conceição, S. Brás de Alportel e zona poente de Olhão. Será ainda construído o já referido sistema elevatório de forma a desativar a ETAR de Olhão Poente.

A cerimónia, que pretendeu marcar o lançamento da primeira pedra da futura ETAR, foi presidida pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Manuel Martins. Estiveram ainda presentes, entre outros, o presidente da Águas de Portugal, João Nunes Mendes, o presidente da Águas do Algarve, Joaquim Peres, e os dois administradores, Isabel Soares e Jorge Torres, além dos presidentes das câmaras municipais de Olhão (António Miguel Pina) e S. Brás de Alportel (Vitor Guerreiro) e da vereadora Teresa Correia, que representou o município de Faro.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.