CRÓNICA DE FARO: Faro, cidade do saber

Indubitavelmente que a capital sulina tem apresentado, ao longo de milénios, referências da sua inequívoca atividade intelectual, corolário da presença de múltiplas civilizações com elevado índice de saber e uma expressão mais evidenciada no cruzamento das expressões romana, muçulmana, judaica e cristã. Em nossos dias a prestigiada Universidade do Algarve (UAlg), alcançada numa persistente luta de décadas, tem exercido uma meritória e reconhecida ação, de modo próprio no que à investigação em várias áreas da ciência é reconhecida internacionalmente. A recente apresentação pública da publicação online “Algarve Médico” é disso testemunho de grande valia apontando que na medicina se faz entre nós e numa região onde o ensino médico universitário é novo, cria raizes e tem de o fazer sobremodo no que se refere às reconhecidas carências existentes na área da saúde.
Estas parecem agravar-se em permanência, não obstante o dedicado empenho dos profissionais que, entre nós, exercem funções e o aparecimento de, a par das unidades oficiais de diversos hospitais e clínicas apostadas num serviço qualificado.
“Algarve Médica” é uma revista clínica editada pelo Centro Hospitalar do Algarve (CHA), em cujo auditório da unidade de Faro teve a oportuna e conveniente apresentação pública, em cuja sessão a representante da UAlg e pró-reitora da mesma, Prof. Manuela Davis, referiu a sua notória acessibiliadde a todos considerando “que este é o futuro da disseminação da produção académica e científica”.
Objectivas e diretas as afirmações estão proferidas pelo Dr. Daniel Cartuxo (Coordenador Editorial deste valioso projeto) ao enumerar os seus principais objetivos – “A Medicina é uma área demasiado abrangente para se cingir às questões meramente clínicas, estando por isso em constante atualização e mudança. Desta forma, para além das rubricas científicas, a revista “Algarve Médico” conta com outras rubricas mais transversais, como uma área dedicada ao ensino ou à história da medicina, bem como a secção “Perspetivas” que dará espaço à reflexão sobre a medicina nas suas diversas vertentes”.
Consta-se, numa visão universalista que a edição equipara o Algarve (o que se deseja firmemente aconteça em todo o sector face à já referidas carências) aos grande centros hospitalares do país. Visa a mesma divulgação do conhecimento aplicado à medicina com o relevante e louvável intuito de contribuir para o desenvolvimento da prática médica e, promover a excelência dos cuidados de saúde, através da discussão, do conhecimento e da investigação. Caminhos e objectivos que desejamos venham a concretizar-se, a bem do Algarve, dos algarvios e de quantos se encontram entre nós.
Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo acordo ortográfico

João Leal

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