Abriram esta segunda-feira as candidaturas a €4.000 milhões para a agricultura

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Portugal e Espanha foram os primeiros países a abrir as candidaturas às ajudas diretas aos agricultores, no âmbito da nova Política Agrícola Comum (PAC). Em causa está um ‘bolo’ de €4.000 milhões, a repartir por cerca de 180 mil agricultores, até 2020.

Para já, e segundo Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, este ano está em causa uma verba de 565 milhões de euros, sendo que em 2019 o montante a distribuir ascenderá a 599 milhões de euros.

Diogo Albuquerque garante que Portugal e Espanha foram os primeiros países da União Europeia a abrirem as candidaturas às chamadas “ajudas diretas aos agricultores” – o tipo de subsídio que é concedido pelo simples facto de se possuir terra cultivada ou com pastagens para animais.

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Ao todo serão abrangidos por este primeiro pilar da PAC mais de 180 mil agricultores em Portugal, mais 23 mil que no anterior Quadro Comunitário de Apoio, que terminou em 2014.

O secretário de Estado apela mesmo aos agricultores que se candidatem o mais rapidamente possível, “até porque o sistema informático onde são acolhidas as candidaturas mudou e para melhor”. Ou seja, no momento da entrega da candidatura é imediatamente identificado o terreno do agricultor através de fotografia aérea (que é atualizada todos os anos).

“Disponibilizámos um formulário de candidatura mais amigável, pensado na ótica do utilizador e que será uma importante ferramenta para o agricultor que se queira candidatar a estas ajudas. Tratando-se de um ano de arranque da nova PAC, torna-se muito importante que os agricultores contribuam para o bom funcionamento da campanha apresentando as suas candidaturas mais cedo, evitando atrasos, para que a campanha decorra cada vez melhor”, sublinha ainda aquele membro do Governo.

Uma das grandes novidades desta nova PAC é o reforço de verbas para a chamada “pequena agricultura”, um regime no qual todos os pequenos agricultores que recebiam no passado menos de 500 euros recebem agora 500 euros por exploração. Estima-se que cerca de 92 mil agricultores adiram a este regime.

Com a agilização dos processos e com o aumento do número de beneficiados pela nova PAC, aumenta também o grau de exigência dos processos e o reforço do controle. “E isso vai ser essencial para que os pagamentos se concretizem”, nota o secretário de Estado da Agricultura. Diogo Albuquerque diz ao Expresso estar confiante de que até 15 de maio deste ano tudo esteja feito em matéria de candidaturas e controle de processos. “Por isso, quanto mais cedo se candidatarem, mais cedo será feito o controlo e, consequentemente, as ajudas chegarão mais rápido”, sublinha.

Se tudo correr como o esperado, os pagamentos aos agricultores deverão ocorrer no início do mês de dezembro.

Entre as 00h00 e as 13h00 desta segunda-feira chegaram ao Ministério da Agricultura 300 candidaturas às ajudas diretas, das quais seis já foram submetidas para aprovação.

RE

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