Guiné-Bissau: Brasil pede reunião de emergência na ONU

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O Brasil, que preside atualmente à Comissão Para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança das ONU sobre a violência das últimas horas
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O Brasil pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a violência das últimas horas na Guiné-Bissau, disse à Lusa fonte diplomática na ONU.

De acordo com a mesma fonte nas Nações Unidas, ainda não está confirmada a realização da reunião, dada a grande sobrecarga da agenda do Conselho de Segurança na sexta feira, com discussões marcadas sobre a Síria e Coreia do Norte.

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Fonte de outra missão adiantou que a reunião deverá ter o formato de um “briefing” por um representante do secretário geral Ban Ki-moon, pelo Departamento de Assuntos Políticos.

O Brasil preside atualmente à Comissão Para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, junto das Nações Unidas, que esta semana esteve reunida em Nova Iorque.

Grave preocupação com incidentes

O Secretariado da ONU deverá reagir nas próximas horas aos incidentes, tendo estado a recolher informação vinda de Bissau, onde possui um escritório, UNIOGBIS, chefiado por Joseph Mutaboba.

Também outras missões diplomáticas junto da ONU contactadas pela Lusa estavam nas horas imediatas após os confrontos empenhadas em recolher informação sobre a situação no terreno.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou hoje um comunicado manifestando “grave preocupação, os incidentes violentos na capital da Guiné-Bissau”.

“A Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas está em coordenação com os Embaixadores dos países da CPLP, em Nova Iorque, com vistas a solicitar o exame da situação em Bissau pelo Conselho de Segurança da ONU”, refere o mesmo comunicado.

Adianta que no sábado terá lugar uma reunião de emergência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

Situação mais calma

A instabilidade na Guiné-Bissau agudizou-se na véspera do início da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais, que deveria começar hoje, com tiros ouvidos nas ruas da capital, movimentações militares, estações de rádio a deixarem de emitir e dirigentes políticos em parte incerta.

Em Lisboa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros fez um “veemente” apelo ao fim de todos os atos de violência e ao respeito pela legalidade.
“A Embaixada de Portugal em Bissau seguiu e desenvolve os procedimentos de prevenção adequados, tendo aconselhado os cidadãos portugueses a permanecer em casa”, refere comunicado do MNE.

A situação na capital está mais calma após duas horas de tiroteio, mas as informações “são ainda incertas”, adianta, e “Portugal mantém estreita articulação com os seus parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, nomeadamente com a presidência angolana, bem como com a União Europeia e as Nações Unidas”.

(Rede Expresso)

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