Chuvas dos últimos dias não resolvem o problema da seca

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Parece caricato, mas, apesar das chuvas, a seca extrema continua a atingir todo o sotavento algarvio. Especialistas explicam que a situação só mudará se chover todos os dias durante os próximos dois meses. Falta água para a agricultura e os animais estão sem pastagens. Animais e plantas que integram a paisagem natural do nordeste algarvio também estão em risco

DOMINGOS VIEGAS

O sotavento algarvio e o Alentejo interior são as duas zonas do país mais afetadas com a seca, encontrando-se ambas atualmente em situação de seca extrema, revela a análise do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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De acordo com a empresa Águas do Algarve, o nível das albufeiras das barragens da região ainda não é, para já, preocupante e a seca não está ainda a colocar em causa o abastecimento para consumo humano. Porém, falta água para a agricultura, os terrenos estão cada vez mais secos e os animais estão sem pastagens.

Por exemplo, o último mês de outubro foi o mais seco dos últimos 20 anos, mas o de setembro tinha sido o mais seco dos últimos 87 anos. Neste período choveu apenas 30% do valor normal para a época, enquanto os termómetros marcaram 3 graus Celsius acima do registado no período de referência 1971-2000.

O último mês de janeiro “foi seco” e o valor médio de precipitação correspondeu a 65% do valor considerado normal. Quanto às temperaturas, os valores médios apresentaram “uma grande variabilidade”, com as mínimas a serem “muito superiores ao normal” nos dias 3 e 4 e “muito inferiores” no dia 15, lê-se no relatório do IPMA. Entre os dias 28 e 31, os valores de temperatura máxima estiveram “acima do normal”.

É verdade que a chuva já começou a cair nalguns pontos do país, mas, segundo os especialistas, para que a atual situação de seca termine seria necessário que chovesse todos os dias durante os próximos dois meses…

…(reportagem completa na edição impressa do Jornal do Algarve que está nas bancas desde quinta-feira)

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