VRSA: Mortos junto com vivos no centro de saúde

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Há vários anos que os cadáveres que aguardam transporte pelas funerárias no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António são “depositados” numa sala não refrigerada e sem condições. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) que considera a situação “surreal”.

“O cheiro dos corpos em decomposição é insuportável, sobretudo no verão, e já houve situações em que permaneceram todo o fim de semana”, garante Nuno Manjua, da Direção Regional de Faro do SEP.

Recentemente foram realizadas obras para a resolução deste problema. “Mas, pasme-se, os corpos nem cabem nas ‘novas instalações’ pelo que permanecem no mesmo sítio”, conta aquele responsável sindical.

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Para os corpos chegarem até à referida sala (que está projetada para ser um gabinete administrativo), passam em frente ao bar, depois pelo meio de uma das unidades do Centro de Saúde, na presença de quem aguarda a vez para atendimento, entre os quais crianças, chegando finalmente à sala que se situa frente a um gabinete onde trabalham vários profissionais.

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve chegou a garantir ao SEP, no início deste mês, que a situação já estava resolvida, mas esta quarta-feira o problema ainda se mantinha.

“Por questões de saúde pública, de condições de trabalho e de atendimento ao púbico e pelo tratamento digno que as pessoas falecidas e suas famílias merecem, exige-se uma rápida resolução”, considera o sindicato.

Entretanto, a ARS Algarve admitiu que a sala que foi alvo de obras é demasiado pequena para os fins que foi criada, mas também garantiu que já tinha dado indicações aos responsáveis daquele centro de saúde para a utilização de outra sala que, além de evitar a passagem dos cadáveres junto aos utentes, possui maiores dimensões e melhores condições.

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