VRSA: Bloco quer novo modelo económico e auditoria às contas da SGU

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Luís Fazenda, Celeste Santos, Mário Mateus, Alice Tristany, Francisco Ramos e João Vasconcelos

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Candidatos foram apresentados publicamente na sexta-feira, num ato que serviu também para divulgar algumas linhas mestras do programa eleitoral

DOMINGOS VIEGAS

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O Bloco de Esquerda apresentou publicamente, na passada sexta-feira, os cabeças de lista aos diversos órgão autárquicos do concelho de Vila Real de Santo António, durante uma festa, que incluiu churrasco, realizada no jardim da Avenida Ministro Duarte Pacheco e que contou a presença de Luís Fazenda e de João Vasconcelos, deputado eleito pelo Algarve.

Num ato marcado pela fraca participação da população (o melhor que o Bloco conseguiu neste concelho em 2013 foi a eleição de um deputado municipal), quem esteve presente ficou a conhecer os cinco cabeças de lista: Celeste Santos (Câmara Municipal), Mário Matos (Assembleia Municipal), Mário Mateus (Freguesia de VRSA), José Eusébio (Freguesia de Monte Gordo) e Francisco Ramos (Freguesia de Cacela). Alice Tristany é a mandatária da candidatura.

A dívida da autarquia foi uma das tónicas do discurso de Celeste Santos. A candidata à presidência da Câmara apontou como prioridades a redução da dívida e a realização de uma auditoria às contas da empresa municipal.

“A dívida está a asfixiar o desenvolvimento do concelho. Queremos uma auditoria às contas da SGU para saber se os contratos efetuados são legítimos. Caso sejam lesivos do interesse público, procuraremos anulá-los através dos tribunais para, assim, poderemos reduzir a dívida”, explicou Celeste Santos, frisando que o Bloco está contra a privatização das competências da autarquia.

A candidata defendeu ainda que é preciso apostar num novo modelo económico: “É preciso criar futuro para os nossos jovens. Precisamos deles cá. É preciso dinamizar o setor primário e a indústria e apostar nas energias renováveis”, afirmou, acrescentando, de seguida, que “não se pode viver só de serviços e de turismo, porque isso não garante trabalho todo o ano” e que “mais hotéis não é a solução”. No mesmo sentido, admitiu a importância do setor turístico para o concelho, mas considerou que este “não pode roubar qualidade de vida aos que cá estão”.

A garantia de direitos básicos para todos, mais participação dos cidadãos nas decisões autárquicas, com a aposta nos processos de consulta prévia e nos orçamentos participativos, e mais transparência, são outros dos pontos que norteiam o programa eleitoral do Bloco. Esta força política defende ainda políticas articuladas com o Governo que permitam mais acesso à habitação social, quer fomentar a redução do uso de transporte motorizado, criar transporte público adaptado às necessidades da população e aumentar a rede de ciclovias.

(Notícia publicada na edição impressa e semanal do Jornal do Algarve de 14/09/2017)

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