Alberto João Jardim despediu-se este domingo do Chão da Lagoa, a festa anual do PSD-Madeira, mas prometeu continuar a lutar, talvez até “caminhar com outra formação política” porque os quatro partidos nacionais são conservadores e não são alternativa para o Portugal. Antes de descer do palco para cortar o bolo dos 40 anos do partido, Jardim lembrou que era preciso procurar os apoios no futuro para “fazer a mudança”. “Eu vou-me embora, mas luta continua”, declarou para a multidão.
O discurso, para um líder prestes a deixar o lugar, foi centro no futuro que, segundo disse, começa com a escolha do novo presidente do PSD-Madeira. Não disse quem apoia dos cinco candidatos declarados, mas afirmou que não se deve votar em Miguel Albuquerque, a quem acusou de ter apelado ao “voto nos partidos da oposição nas últimas eleições autárquicas”. “Não se perdoa a essa gente” que, segundo adiantou, “quer tomar de assalto o PSD”.
Quanto as propostas para esse futuro que começa com o fim do ciclo no PSD são as já recorrentes ideias de uma autonomia alargada, que permita um sistema fiscal próprio, continuidade territorial e um alternativa às políticas de austeridade da União Europeia e da República. Também Jaime Ramos discursou e responsabilizou os “autênticos gatunos políticos” de Lisboa pelos problemas financeiros da Madeira.
A festa, a última de Jardim como líder, levou os cinco candidatos – Miguel Albuquerque, João Cunha e Silva, Manuel António Correia, Sérgio Marques e Miguel Sousa – ao Chão da Lagoa. O ambiente terá estado na origem de uma cena de pancadaria, já fim da festa, muito depois dos discursos e do concerto do Mikael Carreira. Os envolvidos seriam apoiantes de candidatos diferentes. Um é membro do secretariado e dado como apoiante de Miguel Albuquerque, o outro tinha vestida uma t-shirt de apoio a Manuel António Correia.
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