Passava pouco das seis e meia da manhã quando Yannis Varoufakis anunciou que deixava de ser ministro, num curto tweet escrito em inglês: Minister No More! A frase remetia para este um texto mais explicativo, publicado no blogue pessoal de Varoufakis, onde explica o que se passou. No parágrafo mais importante, o ex-ministro explica as razões: “Pouco depois do anúncio do resultado do referendo, fui confrontado com uma certa preferência de alguns membros do Eurogrupo, e demais parceiros, pela minha… ‘ausência’ das suas reuniões; uma ideia que o primeiro-ministro julgou ser potencialmente importante para que ele consiga chegar a um acordo. Por essa razão, deixo de ser ministro das Finanças, hoje mesmo”.
Ainda é muito cedo para se perceber todos os contornos desta demissão, mas parece claro que dirigentes europeus deram a entender ao primeiro-ministro grego que Varoufakis devia sair para facilitar as negociações e Tsipras concordou. É, assim, sem ministro das Finanças, que a Grécia parte para a ronda mais decisiva de reuniões e conversas, quando a liquidez dos seus bancos está literalmente a desaparecer e ninguém sabe quando é que os bancos podem reabrir e quanto dinheiro ainda têm.
A relação entre Yannis Varoufakis e os outros ministros das Finanças da zona Euro estava totalmente comprometida, com declarações muito duras de parte a parte.
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