VAI ANDANDO QUE ESTOU CHEGANDO

Devo confessar que esta história das modificações climáticas a que nunca até agora tinha dado importância maior por que ciclo são ciclos que se repetem em dezenas de anos esta, até agora, era a importância que dava aos casos, mas o facto das suas repercussões penetrarem cada vez mais no nosso quotidiano, conduziu a uma maior preocupação sobre as consequências a curto ou a médio prazo que podem ter como desfecho. Significa que continuo a não alimentar finais catastrófico a curto prazo, mas antes a manter uma atenção maior sobre tais matérias.

De facto o “Verão de São Martinho” estar a invadir o Inverno quando era suposto ser uma período marcado pelos finais de Outono assinalado pelo disfruto das castanhas, cozidas ou assadas, e rasgadas com uma espécie de vinho a que no seu uso se chamava “Água Pé“ bebida que devo confessar nunca me mereceu consideração, só pode significar, mesmo tratando-se de um dos tais casos que de vez em quando se produzem, de nos alertar para preocupações maiores.

Nesta perspectiva recordo que no decorrer da minha última viagem, aqui referida, em torno do grande lago, ter comentado com um dos amigos que tive o privilégio de conviver, a circunstância de ter observado uma enorme produção de frutos no olival, mas também observar que as bagas estarem minguadas, facto a que o meu amigo respondeu, com todo o seu percurso como técnico de uma forma pragmática prepara-te, se não chover abundantemente nos próximos dias, para que no próximo ano o azeite, embora de excepcional de qualidade, possa estar a preços muito altos, aconselhando-me a comprar ainda aos preços correntes do ano em curso, conselho que aqui deixo a quem tiver a paciência de ler as minhas crónicas.

A convite de amigos de anos, tive o privilégio de passar um dia na Culatra: almoçar, conversar, desfrutar de um ambiente único, naquela paisagem de água mansa dada pela Ria Formosa. Tenho enormes e boas recordações de múltiplos momentos que por ali passei. Por circunstâncias de vida já não acontecia desde há muito, de tal forma que me cruzei com pessoas amigas desses tempos que já não os via alguns, há dezenas de anos. Foi reconfortante, embora com o inconveniente de me ter exposto demasiadamente a um sol reconfortante mas propício a uma espécie de saúde que embora não se assumindo como gripe, deixa rastos que nos incomodam no dia seguinte.

Tomei conhecimento que o processo de legalização das casas de primeira habitação estava num ritmo aceitável de final de processo no seu reconhecimento com base num protocolo que lhes concede a permanência, creio, por cinquenta anos. Falta dirimir o conflito para aquelas que se encontram numa situação hibridada, ente uma ocupação descontínua, e o facto de assim estarem e permanecerem desde há décadas. Seja como for deu para perceber que existe sem hipocrisias, nem demagogias, um processo em curso. Essa é, em todas as circunstâncias, as funções que competem a um estado de direito.

Carlos Figueira

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