Forças militares iraquianas e milícias locais, com a ajuda de força aérea, deram início esta segunda-feira à maior operação militar para retirar Tikrit, a 150 quilómetros do norte de Bagdade, do controlo do autodenominado Estado Islâmico (Daesh). A operação conta com 30 mil tropas iraquianas, noticia a “Time”.
De acordo com a agência Reuters, esta ofensiva militar é a maior operação feita em Tikrit desde que os radicais islâmicos conquistaram a cidade, em junho do ano passado. Apesar de o exército iraquiano ter tentado algumas vezes reconquistar Tikrit – cidade-natal de Saddam Hussein -, nunca conseguiu.
Uma estação televisiva anunciou esta segunda-feira o início da operação militar, um dia depois de o primeiro-ministro, Haidar al-Abadi, ter visitado as forças militares iraquianas e de ter dado um discurso que apelava a um ataque imediato e “necessário” para libertar Tikrit.
“Hoje [segunda-feira], damos início a uma campanha militar importante para libertar os cidadãos da província de Salahuddin, que inclui Samarra, Dhuluiya, Balad, al-Alam, al-Door, Tikrit e outras áreas que estão sob o controlo do Daesh”, disse o primeiro-ministro Haidar al-Abadi numa estação televisiva iraquiana.
al-Abadi declarou ainda que um dos objetivos das forças militares é “libertar as pessoas que cometeram um erro ao aliarem-se àquele grupo [Daesh]”, dando-lhes uma “última oportunidade” para “se renderem e terem um perdão concedido”.
O primeiro revés
A Reuters avança que soldados iraquianos e xiitas bombardearam uma base militar no norte de Tikrit, local onde estavam alguns radicais islâmicos. No entanto, as tropas iraquianas já enfrentaram o primeiro revés: através de um esconderijo subterrâneo, os radicais islâmicos surpreenderam as tropas iraquianas quando estas estavam a avançar para Samarra.
Segundo fonte local citada pela Reuters, morreram pelo menos 16 militares das tropas iraquianas mais avançadas e 11 combatentes das milícias.
RE