Três em dez consultas ocorrem fora do prazo

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Quase três em cada 10 primeiras consultas de especialidade nos hospitais portugueses ocorreram fora do prazo máximo estabelecido, embora o acesso aos cuidados tenha aumentado, enquanto diminuiu o tempo de espera para cirurgias, segundo um relatório hoje divulgado.

O relatório sobre o acesso a cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) mostra que 121 050 primeiras consultas de especialidade hospitalar (28 por cento) foram realizadas, em 2009, fora do tempo máximo de resposta garantido.

No total, no ano passado foram realizadas mais de 430 mil primeiras consultas de especialidade nos hospitais portugueses, a pedido dos centros de saúde.

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Aliás, o relatório mostra um aumento global de consultas nos hospitais do SNS, sublinhando o acréscimo de seis por cento nas primeiras consultas.

Também ao nível dos cuidados primários de saúde se registou um aumento de cinco por cento de primeiras consultas nos centros de saúde e unidades de saúde familiar.

Nas cirurgias, o relatório aponta para uma diminuição das listas de espera, indicando uma redução de 15 por cento dos inscritos a aguardar operação.

Também a mediana de tempos de espera para cirurgia baixou de 3,7 meses em 2008 para 3,4 meses em 2009. Contudo, ainda há especialidades cirúrgicas com medianas de tempo de espera superior a cinco meses, como o caso da cirurgia vascular e da neurocirurgia.

“Na actividade cirúrgica observa-se um claro aumento do acesso. O tempo de espera diminuiu em praticamente todos os grupos de serviços cirúrgicos, seguindo a tendência de anos anteriores”, refere o documento hoje divulgado pelo Ministério da Saúde.

As neoplasias malignas foram das cirurgias com evolução mais favorável nos tempos de espera, cuja mediana foi em 2009 de 28 dias, quando no ano anterior chegava aos 36 dias.

Comparando com 2005, a mediana de tempo de espera dos inscritos para cirurgia por neoplasia diminuiu 65 por cento.

No que respeita à informação a prestar aos utentes, apenas um quinto das instituições analisadas no relatório refere ter afixado em locais de fácil acesso os tempos de resposta garantidos, como é definido na lei.

Aliás, só metade das instituições terá chegado a fixar estes tempos de resposta para o ano de 2009.

JA/AL

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