Sucedem-se os telefonemas a Putin

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O sério risco de irromper a guerra civil na Ucrânia está a dominar as atenções da comunidade internacional. As notícias de mortos e feridos no leste da Ucrânia, com um tiroteio no aeródromo de Kramatorsk, em Donetsk, e acusações mútuas, intensificou o ‘cerco’ ao Presidente russo, que nega o apoio a grupos armados.

Angela Merkel discutiu telefonicamente com Vladimir Putin detalhes da situação na Crimeia, tendo como pano de fundo as preparações para a reunião ao mais alto nível diplomático entre União Europeia, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, prevista para esta sexta-feira em Genebra, na Suíça.

De acordo com gabinete da chanceler alemã, a conversa entre Merkel e Putin traduziu-se em “avaliações diferentes” sobre os acontecimentos na Ucrânia. Putin disse que a Ucrânia está à beira de uma guerra civil, após o Governo de Kiev ter enviado forças militares contra manifestantes pró-russos no leste do país e que esta operação é “anticonstitucional para o uso da força em ações de protesto pacíficas”.

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Em comunicado, o Kremlin sublinhou que a sua participação nas conversações de Genebra na quinta-feira está dependente “da amplitude das iniciativas anunciadas por Kiev”. Apesar da crise, o Vladimir Putin assegurou a Merkel que a questão dos fornecimentos de gás russo à Europa não estão ameaçados.

As Nações Unidas fizeram soar novo alarme. O secretário-geral Ban Ki-Moon transmitiu também por telefone a sua preocupação pela volatilidade no leste ucraniano, tendo sublinhado que “qualquer aprofundamento da crise seria tremendamente prejudicial para todas as partes envolvidas”. A mensagem centrou-se na necessidade de refrear o conflito, segundo um comunicado da organização.

Separatistas pró-russos invadiram nos últimos dias edifícios públicos em pelo menos dez cidades na zona industrial da Ucrânia, no leste, de maioria russa. Os confrontos desta terça-feira desencadearam-se após ter sido anunciado pelo presidente interino Oleksandr Turchyno que estava em marcha uma operação especial contra os insurgentes armados.

No fim-de-semana, o ministro do interior Arsen Avakov prometia uma “dura resposta”, depois de homens armados terem tomado de assalto o edifício da polícia em Slaviansk. Enquanto era dado o sinal verde a que fosse lançada uma ação antiterrorista, os manifestantes reforçavam as suas barricadas.

Na segunda-feira à noite, Barack Obama comunicou também por telefone com Putin, a pedido deste. O Presidente dos Estados Unidos acusou o seu homólogo de estar por detrás da desestabilização na Ucrânia, imputações que Moscovo rejeita, considerando-as de “especulação”. Segundo a Casa Branca, para o Presidente da Rússia, os protestos resultam da “incapacidade” das autoridades de Kiev.

RE

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