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Entrevista coletiva

 

Senhores médicos, advogados, arquitetos, autarcas, dirigentes distritais, diretores de hotéis e jornalistas, bem vindos a esta sala e por favor ocupem os vossos lugares nas cadeiras que vos estão reservadas. Muito agradecemos que cada um aguarde a sua vez para responder, lembrando que temos à vossa disposição, serviço de tradução simultânea para português para que ninguém diga que não entende:

1 – Senhores médicos, como se sabe há falta de médicos no Algarve, designadamente em determinadas especialidades em que haver poucos para muitos, é a alma do negócio. Podem dizer se é verdade ou não que médicos de outras zonas de País que querem trabalhar no Algarve, não o conseguem, porque esbarram com barreiras protecionistas do mercado da saúde que por aí mercadeia sem escrutínio ?

2 – Senhores advogados, é verdade ou não que a imobiliária que necessita dos vossos distintos serviços se move com dinheiro por fora, condição designadamente colocada por nacionais de países que querem dar lições aos portugueses?

3 – Senhores arquitetos, por que motivo, nuns sítios e nuns tempos, os projetos, sobretudo nos chamados centros histórico e nas zonas rurais, têm de obedecer a características invocadamente tradicionais, paisagísticas, etc., e noutros sítios e noutros tempos, se faz e aprova o contrário da véspera em função da sintonia ou não entre ateliers privados e gabinetes públicos?

4 – Senhores autarcas, podem com rigor distinguir nesta casa comum que é o Algarve, o que é para VEXAS a sala de estar e o quintal? E já agora, que distinção VEXAS fazem entre poder local e poder central localizado sob disfarce?

5 – Senhores dirigentes distritais, podem VEXAS esclarecer se atuando no Algarve são Algarvios, ou são Emissários com as características dos decisores em Terras de Missão?

6 – Senhores diretores de hotéis, podem Vossas Excelências garantir que Zurique, Londres, Paris, Madrid e Frankfurt não são autarquias do Algarve?

7 – Senhores jornalistas, podem definir o que é uma avença seja esta formal ou informal?

Apenas perguntamos, já que perguntar não ofende.

Flagrante SIADAP: Não será difícil perceber que o SIADAP é a guerra civil dos funcionários que funcionam muito na quantidade e muito pouco na qualidade.

Carlos Albino

 

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2 COMENTÁRIOS

  1. Utopias e incongruências sociais
    Quanto aos médicos, eles perderam muito do antigo respeito que lhes era votado, tornando-se à luz do doente, um intermediário encapotado das farmácias e da grande e poderosa indústria farmacêutica, face aos escândalos por si continuados.
    Relativamente aos advogados, é uma classe cuja reputação rola com muita dificuldade em afirmar-se pela consensualidade, pela reputação recheada de contradições e negociações corporativistas entre-si (salvo raras e honrosas excepções que as há).
    No tocante aos arquitectos, hoje em dia quase todos desempregados, são obrigados a venderem a alma ao diabo para subsistirem, e, em alternativa emigrarem.
    Quanto a certos autarcas, o Utopias prefere o Tartufo de Moliére.
    Se existem “dirigentes distritais” (CCDR ?) a mando do Governo central, o Utopias pouco dado às questões de política interna, nem dá pela presença física deles. Mas que existem, existem.
    Os directores de hotéis, se não forem os do GES falido, vão existindo enquanto a guerra na zona sub-sariana durar. Depois, tudo voltará a piorar.
    Relativamente aos jornalistas, profissão e categoria em extinção, vão existindo pelo prazer da pena… que alguns dão.
    Com questões laborais, por princípio o Utopias entende que cada um puxe a brasa à sua sardinha, mas observa sem grande exercício de cálculo mental, que os grevistas são sempre os mesmos – os da função pública que vivem dos impostos que o vulgo paga. Os outros grevistas (se é que ainda existem, tirando os camionistas), os da actividade privada, são como os desarmadores de minas de guerra anti-pessoais: se se enganam, quando espirram já não se assoam.

  2. UTOPIAS
    Última nota: O Utopias tendo necessidade de se deslocar a Faro afim de tratar de umas tabuletas para a demarcação topográfica do Cadastro do Concelho de Loulé, viu-se confrontado com uma situação misteriosa deveras interessante.
    Parqueando o veículo, sentiu-se incomodado e observado por alguém a partir do interior de um prédio que se apresentava vestido como um outro qualquer cidadão.
    Prestando mais atenção e aborrecido pela curiosidade do observador, não via no prédio qualquer inscrição que denunciasse fosse o que fosse para além de um vulgar prédio de habitação.
    Até que, de repente chega um piquete da PSP e entra no edifício: depois sai do edifício um indivíduo fardado de guarda florestal. Então foi aí que o Utopias percebeu que aquele prédio descaracterizado pertence ao Ministério do Ambiente.
    De quem é que tem medo o Ambiente…?

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