Fonte governamental confirma ao Expresso que foram sete as entidades que assinaram o acordo de confidencialidade para o processo de privatização da TAP. A notícia foi avançada na segunda-feira à noite pelo portal brasileiro Panrotas, dando conta que três destas entidades representam investidores ligados às aéreas brasileiras Avianca, Azul e Gol.
O Expresso confirmou entretanto que não há mais investidores estratégicos na corrida. Os restantes quatro investidores que pediram para aceder à informação sobre a TAP são financeiros, entre os quais se inclui o consórcio formado pelo empresário português Miguel Pais do Amaral.
A Air Europa, cujo acionista Globalia chegou a partilhar com a TAP o capital da operadora de handling Groundforce, tinha já mostrou interesse no processo e vontade de entrar na corrida. Mas para já, ao que o Expresso apurou, não assinou acordo de confidencialidade.
O Governo disponibilizou uma sala virtual com toda a informação financeira necessária à apresentação das propostas por parte dos potenciais candidatos, que só pode ser acedida depois de assinado o referido acordo de confidencialidade. O acesso à informação não significa, porém, que todos avancem com propostas.
Recorde-se que o caderno de encargos da privatização, segundo o Executivo, obrigará os futuros investidores a assumirem a totalidade dos cerca de 1000 milhões de euros de passivo financeiro do grupo. Os futuros donos da TAP terão também de preservar a empresa como companhia de bandeira de Portugal, bem como a manutenção do hub nacional e o cumprimento das obrigações de serviço público nas ligações às regiões autónomas.
A intenção do Governo é concluir a venda do grupo TAP até ao final do primeiro semestre, depois de a privatização ter sido relançada em meados de novembro.
O modelo escolhido passa pela alienação de 66% do capital do grupo (61% junto de investidores e 5% junto dos trabalhadores), incluindo o negócio deficitário no Brasil, a TAP Manutenção & Engenharia Brasil. Os futuros donos da TAP poderão exercer uma opção de compra passados dois anos e durante um período de seis meses. E o Governo fica ainda com uma opção de venda dos restantes 34% do capital, podendo o Estado sair totalmente do capital da empresa.
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