A Assembleia Municipal de São Brás de Alportel aprovou esta semana, por unanimidade, uma moção apresentada pelos eleitos do PSD para que o Governo lance o concurso internacional “para uma parceria público-privada ou, em alternativa, outro modelo de gestão” em que seja garantida a autonomia de gestão do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMR Sul).
A moção frisa que a pretendida autonomia de gestão deve ser ao nível clínico, administrativo e financeiro, por forma a “garantir o seu pleno funcionamento para poder dar resposta rápida e de qualidade aos doentes”.
O PSD alerta ainda que os são-brasenses “não se coibirão de assumir outras formas de luta e protesto que se mostrem convenientes para, de uma vez por todas, pressionar o Governo de Portugal para resolver um problema que se arrasta há demasiado tempo”.
No início do passado mês de abril, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, chegou a anunciar o lançamento do concurso para a concessão da gestão daquela unidade de saúde.
No entanto, no passado dia 22, na Comissão Parlamentar da Saúde, o ministro garantiu que o CMR Sul não voltará ao modelo de parceria público-privada (PPP), sendo integrado numa entidade pública empresarial (EPE).
“É deveras questionável esta decisão tendo em conta que o CMR Sul se encontrava a funcionar na sua plenitude e com padrões de excelência extraordinários, com provas datas no passado pela qualidade do seu funcionamento, seguindo o modelo da PPP, pelo que não se entende esta postura e mudança repentina do tipo de gestão a adotar”, consideram os sociais democratas.
O PSD recorda que, em 2013, foi criada, ainda pelo anterior governo, uma equipa de projeto para a preparação e lançamento do concurso publico internacional, cujo trabalho se encontra concluído, aguardando apenas a decisão politica do seu lançamento.
“Consideramos esta situação grave, e um desrespeito pelo CMR Sul, pelos seus funcionários, pelos seus utentes e pelos são-brasenses, pois foram criadas falsas expectativas no pouco tempo que este governo se encontra em funções”, conclui o PSD.
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