Luís Duque afirmou esta terça-feira ao Expresso que a atuação da Federbet “é um embuste e um equívoco”, dado tratar-se “de uma associação privada e não de um organismo de vigilância de apostas online” a propósito do relatório do organismo que aponta para suspeita de viciação de resultado no Benfica-Penafiel.
De acordo com o líder da Liga de Clubes, a Federbet é uma “entidade que trabalha para casas de apostas e em troca recebe de dinheiro”, desvalorizando o papel desta associação na monitorização do sector das apostas online.
Luís Duque afirma que a Federbet tentou negociar com a Liga um protocolo de alegada supervisão de apostas em relação ao futebol português, sublinhando que caso a Liga “não pagasse podia vir a ter problemas”.
“Recusei-me a pagar e não pago”, garante Luís Duque, dirigente que diz dispensar os conselhos de Francesco Baranca quando diz que “é tempo de a Liga agir”.
Tal como sucedeu quando foram levantadas suspeitas de resultados viciados na Oliveirense e em relação ao jogo-fantasma do Freamunde, a Liga de Clubes vai participar de novo o caso ao Ministério Público. Luís Duque garante ainda que as duas ocorrências foram arquivadas.
Entretanto, a Liga de Clubes divulgou um comunicado no seu site onde repudia aquilo que considera ser um meio de pressão por parte da Federbet ao lançar a suspeição pública sobre os clubes e as competições. “As denúncias públicas feitas anteriormente pela Federbet levaram a Liga Portugal a participar à Procuradoria-Geral da República os factos por elas relatados, cujo inquérito criminal veio a ser arquivado no passado mês de Maio, no entanto a imagem negativa que as referidas denúncias provocaram nas Competições oficiais da Liga e nos seus clubes jamais serão repostas”, refere o comunicado.
Por essas razões, a “Liga Portugal apresentará ainda hoje uma participação junto da Procuradoria da República dando conhecimento das notícias publicadas mas também do comportamento reprovável da Federbet e que mais uma vez repudiamos”, conclui.
JA
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