RENATO PEREIRA

 Portugal: laboratório de negócios

 

Portugal é um país pequeno em extensão. Temos boas vias de comunicação. As telecomunicações são avançadas. A população aceita lidar com a diferença cultural, emigra facilmente e recebe bem os estrangeiros, tendo um conhecimento razoável de línguas estrangeiras. Portugal, no quadro de uma zona de comércio livre entre a UE e os EUA, tem uma localização central. Estamos a melhorar portos e aeroportos e a desenvolver esforços para assegurar uma rede ferroviária moderna, que ligue os portos à Europa. O nível de qualificação da população está na fronteira entre os piores países desenvolvidos e os melhores em vias de desenvolvimento, sendo representativa do que há em todo o mundo. O nosso país apresenta uma rica história de ligação internacional à escala mundial. E mesmo em termos de empreendedorismo, faltam-nos empresas de média e grande dimensão mas a apetência para a criação de pequenos negócios é muito razoável. O país fez um grande esforço e apresenta hoje níveis interessantes em termos da capacidade dos seus sistemas de ensino superior e de investigação científica.

A evolução tecnológica é hoje rápida e o nascimento e maturação de novos negócios exige rapidez na sua implementação, teste de conceito, definição do modelo adequado e internacionalização. A Siemens e outras empresas têm apostado em Portugal como local para instalar laboratórios e experiências empresariais com tecnologias e conceitos nascentes.

Portugal pode posicionar-se no mundo como o local ideal para começar novos negócios: é um mercado pequeno, que exige poucos recursos para montar uma oferta à escala nacional, por tudo o que atrás ficou expresso. Estamos no centro do mundo desenvolvido, entre a Europa e a América do Norte.

Cabe ao Estado fazer o que falta: estabilidade e competitividade fiscal; sistema de justiça célere e a custos razoáveis; licenciamento célere de atividades económicas; bom posicionamento comparativo face a outros países em aspetos críticos como a legislação laboral, custos de energia e telecomunicações, etc.

Com estes requisitos cumpridos ou bem orientados, podemos ambicionar convencer o mundo de sermos o local ideal para iniciar novos negócios, testando conceitos e modelos que, uma vez validados, podem dar origem a negócios à escala mundial, tanto em países desenvolvidos, como em países em vias de desenvolvimento, dados estarmos entre os menos avançados dos mais desenvolvidos. Mas atenção! Não estamos sós nesta “guerra” e, por exemplo, a Irlanda, leva-nos um grande avanço!

 

www.vialgarve.org, 
 
[email protected]

 

Deixe um comentário

Exclusivos

Algarve comemora em grande os 50 anos do 25 de Abril

Para assinalar esta data, os concelhos algarvios prepararam uma programação muito diversificada, destacando-se exposições,...

Veículos TVDE proibidos de circular na baixa de Albufeira

Paolo Funassi, coordenador da concelhia do partido ADN - Alternativa Democrática Nacional, de Albufeira,...

Professor Horta Correia é referência internacional em Urbanismo e História de Arte

Pedro Pires, técnico superior na Câmara Municipal de Castro Marim e membro do Centro...

O legado do jornal regional que vai além fronteiras

No sábado passado, dia 30 de março, o JORNAL do ALGARVE comemorou o seu...

3 COMENTÁRIOS

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.