Opinião de Viegas Gomes
A Câmara Municipal de Faro levou a cabo uma sessão pública, com a presença de muitos proprietários, de esclarecimento sobre os incentivos que existem e estão disponíveis para a reabilitação urbana para as suas áreas de reabilitação urbana (ARUS)( Vila a Dentro, Mouraria, Bairro Ribeirinho). Foram também divulgados os programas de apoio financeiro que estão em vigor nesta matéria. Com casa cheia, no Salão Nobre do Município, a Câmara deu nota do interesse de ambas partes na reabilitação de edifícios. É sobretudo uma apelo a uma nova cidade com um centro histórico reabilitado. Porque o que nós temos é degradação e lugares dispersos ligados entre si por eixos de comunicação. Urge emendar esta linha de orientação, que está na salvaguarda dos centros urbanos. O Algarve possui seis centros históricos reabilitáveis, embora o de Faro seja o mais completo e integrado de períodos históricos. Possuímos no Algarve a reabilitação urbana mais fácil de ser resolvida. Casas de um só andar, um só proprietário, obras mais simples, créditos mais acessíveis. Porque não avançar? Os centros históricos têm estado até ao momento esquecidos. A sessão mostrou porém o empenho de ambas as partes no problema. Com a construção parada, a reabilitação aparece como a grande tarefa dos tempos atuais. A grande operação de valorização das cidades. As cidades tornam-se atrativas a partir dos centros históricos. É lá que estão os serviços, o comércio, os museus, os edifícios importantes, O centro Histórico tem um significado coletivo. É aqui que a cidade ganha índole própria, imagem singular. Há que dar solução a este problema. Criar novas habitações ,rejuvenescidas, reabilitadas. É preciso compreender o papel, a função, do centro histórico como local de encontro, de memória coletiva. ”
Viegas Gomes