Opinião de Viegas Gomes
Um cidadão estrangeiro, Michelle Frederiks, terá investido cerca de meio milhão de euros no projeto de construção de um parque de caravanismo, que seria único em Portugal, em Pêra, Silves, mas tem-se debatido com uma imensa burocracia que há cerca de dois anos o tem inviabilizado o projeto. Este projeto, que teve início em 2014, inclui dois hectares de um terreno em Vales de Pêra vocacionado para receber oitenta autocaravanas. O objetivo é o de criar um parque de autocaravanas. Michelle Frederiks vendeu uma casa sua para poder investir no parque de caravanismo. Preparou tudo com essa finalidade. Abriu um furo, levantou vedações, colocou instalação elétrica, implantou centenas de árvores, abriu caminhos e revestiu-os de brita. O objetivo é o de construir um parque único, de qualidade. Espera pelas devidas licenças há dois anos. A burocracias continua a fazer parte da génese do aparelho administrativo. Temos de fazer face a esta pecha nacional que retarda as iniciativas, as suas concretizações. No caso dos parques de caravanismo eles devem estar apetrechados com tudo o que for necessário. Devem obedecer a toda a segurança contra incêndios. A lei que regula os parques exige toda uma série de requisitos a nível dos locais de implantação. Como de circulação interna, instalação de sanitários, rede de energia, abastecimento de água, rede de emergência. O autocaravanismo deve processar-se dentro das regras que lhe estão dedicadas. Isso é uma coisa. Outra é demorar-se na sua concretização. Esbater-se tudo numa imensa rede burocrática que tarda em aprovar ou reprovar os projetos.
Viegas Gomes