Pousada de Juventude de Vila Real de Santo António está fechada há dez anos

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Câmara municipal quer o edifício para lhe dar um “uso útil”, ao nível do alojamento turístico do centro histórico. Resposta do Governo poderá estar para breve, quando forem definidas quais as pousadas que continuam a ser geridas pelo Estado e quais as que passam a ter gestão privada

Domingos Viegas

O futuro da Pousada de Juventude de Vila Real de Santo António, encerrada há cerca de uma década, deverá ficar definido brevemente e, muito provavelmente, ainda antes do início do verão, revelou o adjunto do Secretário de Estado da Juventude.

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André Pardal escusou-se a entrar em pormenores, garantindo apenas que aquela pousada “é uma das que verá a sua situação resolvida nos próximos meses”.

No entanto, e muito provavelmente, a dúvida será definir o futuro a dar ao edifício e não a sua reabertura como Pousada de Juventude. Com o Governo a ter nos seus horizontes ficar apenas com a gestão de metade das pousadas de juventude que funcionam atualmente no país, e uma por distrito, muito dificilmente a unidade da cidade pombalina voltará a abrir como tal e gerida pelo Estado.

A situação de abandono em que se encontra o imóvel, localizado em pleno centro da cidade, tem sido uma das preocupações do executivo autárquico local, liderado pelo social-democrata Luís Gomes, que já propôs ao Governo a passagem do edifício para a alçada da autarquia.

“A proposta já foi feita há bastante tempo, mas ainda não houve resposta”, explica Luís Gomes.

“Já que o Estado não tem tido a capacidade para pôr a pousada a funcionar, então passem o edifício para a autarquia. A câmara ficaria a geri-lo e abriria um concurso para que alguém dê uso àquele espaço”, defende o autarca.

Uma das ideias da câmara municipal é integrar o imóvel no âmbito do projeto de alojamento turístico previsto para o centro histórico da cidade, mas “também pode voltar a ser um espaço vocacionado para a juventude”, refere Luís Gomes.

Seis mil dormidas no último ano

No final de 2003, na altura em que foi anunciado o encerramento da pousada, ainda na vigência da gestão socialista, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António chegou a pedir ao então Secretário de Estado da Juventude para manter a unidade em funcionamento. Na mesma proposta foi, também, solicitado para que fossem efetuadas obras de recuperação do edifício, de forma a dotá-lo de melhores condições.

Nesse ano, a pousada tinha registado seis mil dormidas. A autarquia alertou que o encerramento seria prejudicial para a economia do concelho e que iria conduzir os funcionários para o desemprego, mas nunca conseguiu evitar que o Governo fechasse a pousada.

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