Portimão comemora 100 anos do primeiro Congresso Regional Algarvio

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Esta quinta-feira, dia 3 de setembro, arrancam as comemorações do aniversário do centenário do 1º Congresso Regional Algarvio, realizado no Casino da Praia da Rocha, em Portimão, entre 3 e 5 de setembro de 1915.

O evento será organizado pelo Museu de Portimão e irá prolongar-se até ao final do ano, culminando com as festividades integradas no Dia da Cidade, a 11 de dezembro. O programa das comemorações abrangerá os últimos quatro meses de 2015 e versará inicialmente sobre as Jornadas Europeias do Património através da ação “A Cultura sai à Rua”, que terá lugar na Mexilhoeira Grande (26 de setembro). Prosseguirá até ao final do ano com a divulgação progressiva das teses apresentadas no congresso de 1915, a iniciar no Dia Mundial do Turismo (27 de setembro). Seguir-se-á, no dia 29, o lançamento da publicação “Cruzeiros Turísticos – Uma perspetiva sistémica e multidisciplinar”, no porto de cruzeiros de Portimão (29 de setembro). No dia 12, terá lugar a tertúlia sobre “A Capela de Santa Isabel: uma intervenção arqueológica na antiga rua dos Arcos em Portimão“, dinamizada pelo Grupo de Amigos do Museu de Portimão.

O mês de outubro será marcado no dia 10 por uma conferência inaugural sobre o 1º Congresso Regional Algarvio, na qual se pretende analisar a importância desta iniciativa republicana e o que ela representou para a região, num período tão conturbado, em plena 1ª Grande Guerra Mundial.

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Edição comemorativa de postais do início de século, tertúlias, encontros de reflexão e o debate “100 anos depois que Algarve?” serão, entre outras, algumas das iniciativas previstas até ao final do ano, as quais culminarão no dia 12 de dezembro, com a inauguração da exposição “O Congresso Regional Algarvio” no Museu de Portimão.

Um acontecimento na região em 1915

Verdadeiro acontecimento na região em 1915, o I Congresso Regional Algarvio acabaria por traduzir-se num grande momento de afirmação e reflexão regionalista onde, pela primeira vez, foi feito o levantamento das potencialidades, mas também dos constrangimentos do Algarve, que impediam o seu desenvolvimento económico e social.

Durante os três dias em que decorreu, foi feita uma verdadeira “radiografia” à região, enumerando-se potencialidades, vantagens e aspetos a melhorar ou a eliminar.

O evento contou com a elite algarvia e mesmo a que vivia em Lisboa deslocou-se a Portimão para participar e assistir ao congresso, desde deputados, altos funcionários da administração pública, senadores, médicos, advogados, professores, engenheiros, militares, agrónomos, etc.

“O congresso serviu para chamar a atenção do governo central para alguns assuntos que eram importantes resolver com alguma celeridade, mas que as condições políticas, a conjuntura económica, a guerra mundial, a burocracia e a ineficácia das organizações acabaram por não produzir o resultado esperado”, realça a organização.

JA

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