Pescadores contestam análises que proíbem captura da conquilha

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Os homens do mar estão a cair no desespero devido à interdição da captura da conquilha, uma proibição que se tem repetido frequentemente na região ao longo dos últimos anos. As autoridades falam da presença de toxinas, mas os pescadores contestam os resultados das análises e a forma como estas são feitas. Eles podem, por exemplo, capturar amêijoa-branca, mas não conquilhas. A questão é que a primeira é vendida a 75 cêntimos o quilo, enquanto o preço da segunda atinge os três euros por quilo, ou seja, é muito mais rentável. Associações e sindicatos falam de uma situação “gravíssima” que pode acabar com esta atividade e atirar muitas famílias para a miséria

A polémica repete-se todos os verões. De um lado, alegam que os bivalves da costa algarvia continuam cheios de toxinas. É o que dizem as análises do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que levaram a mais um período de interdição da captura da conquilha, que se prolonga há já vários meses. Mas os pescadores contestam essas conclusões e falam de uma “situação particularmente gravíssima”, já que a interdição decretada pelo IPMA está a provocar “nefastas consequências para as condições de vida e bem-estar dos seus agregados familiares”. Além disso, garantem, ainda não houve qualquer registo de casos de intoxicação.

Por isso, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul (STPS) adiantou esta semana que tem vindo a receber muitas queixas por parte dos pescadores que se dedicam à pesca da ganchorra, sobre os resultados das análises e a forma como estas são feitas.

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Uma das polémicas levantadas pelos homens do mar está no facto de as autoridades, ao mesmo tempo que proíbem a captura de conquilhas, invocarem que estes pescadores podem capturar outras espécies de bivalves, tais como ‘pé-de-burrinho’ e amêijoa-branca.

A questão é que estas espécies são vendidas “entre os 0,70 euros e os 0,75 euros por quilo”, enquanto “a conquilha tem um preço por quilo em lota que varia entre os 2,50 euros e os 3 euros por quilo, o que permitiria algum desafogo económico ainda que pequeno”. “Sem as conquilhas e com estes preços, como é possível este setor de atividade sobreviver?”, pergunta o sindicato…

(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 27 DE JULHO)

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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