Património audiovisual em debate no Ateneu de Loulé

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Loulé assinala na próxima segunda-feira, 27 de outubro, pelas 21h30, no Auditório do Ateneu, o Dia Mundial do Património Audiovisual, uma iniciativa mundial impulsionada pela UNESCO e que este ano tem por tema “Arquivos em perigo: ainda há muito a fazer”.

Em Loulé, inserida no ciclo de tertúlias “Boas Conversas”, participam nesta sessão responsáveis por arquivos e peritos (Dália Paulo, Luís Guerreiro, Helga Serôdio e Emanuel Sancho), seguindo-se às intervenções um debate moderado por João Espada.

Na sessão será lida mensagem da diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.

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Não temos mais do que 10 a 15 anos para converter documentos em documentos digitais os registos guardados do século XX para evitar a sua perda. Uma grande parte do património audiovisual já foi irremediavelmente perdida por negligência, destruição, degradação e falta de recursos, preparação e estruturas, empobrecendo assim a memória da humanidade. Muitos outros documentos serão perdidos se uma ação local mais forte e concertada não for concretizada. Em Loulé, todos os acontecimentos relevantes dos últimos meses têm sido registados digitalmente na íntegra, constituindo já um arquivo ímpar.

As gravações de som e imagens em movimento são extremamente vulneráveis, e que podem ser destruídas num instante e deliberadamente. O património audiovisual pode desaparecer para sempre por negligência ou devido à deterioração natural e a tecnologia obsoleta. Aos materiais audiovisuais, como filmes, programas de televisão e rádio, gravações de áudio e vídeos, juntam-se os acervos fotográficos e os documentos digitais já deste século XXI, os quais, no seu conjunto, formam os registos que são parte integrante da identidade nacional e local.

Neste contexto, os patrimónios audiovisuais locais assumem particular importância para que as gerações futuras possam receber o legado cultural das gerações presentes.

Divulgar o que em Loulé, e de alguma forma no Algarve, está a ser feito com esse objetivo, designadamente pelo trabalho feito por profissionais para preservar esse património, é também o objetivo da sessão promovida pela Comissão Concelhia 25 de Abril, no âmbito da seu Programa de Cidadania.

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1 COMENTÁRIO

  1. Estivemos lá. Vimos e ouvimos as queixas de quem faz cultura em Loulé. Poucos elogios e muitas preocupações quanto à logística para colocar a salvo memórias antigas e registos futuros. Muita camisola suada, e muita ilusão. A cultura também é isto. Mas há mais coisas para dizer e reflectir.
    Provavelmente iremos fazer um pequeno ensaio sobre o que ali aconteceu, porque a nossa memória louletana merece.
    E ao que parece, em Loulé, somos dos melhores no Algarve a fazer cultura.
    Se não fôr o noivo… quem melhor gabará a noiva?

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