Num artigo de opinião publicado esta semana no “Jornal de Notícias”, a deputada do Bloco de Esquerda mostra-se bastante preocupada com os últimos desenvolvimentos sobre a pesquisa e exploração de petróleo e gás no Algarve. Mariana Mortágua ironiza ainda com o facto de o ex-ministro do Ambiente de Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva, ser um dos candidatos finalistas a um alto cargo dentro da ONU para as alterações climáticas.
“Enquanto ministro, Moreira da Silva concessionou metade do distrito de Faro e uma parcela igualmente impressionante da orla marítima algarvia para a prospeção e exploração de petróleo. A concessão foi feita com base numa lei caquética, datada de 1994, quando o aquecimento global e as preocupações ambientais eram considerados fantasias de doidos. Hoje sabemos que fantasia é ignorar a sua existência, e é por isso que existe, aliás, um cargo na ONU dedicado à matéria”, escreve a deputada do BE.
No artigo de opinião publicado terça-feira no “JN”, Mariana Mortágua refere ainda que “esta lei permitiu então ao Governo de Passos entregar, sem concurso, o Algarve à Portfuel, de Sousa Cintra, que terá cerca de 122 anos quando o contrato terminar”.
Nuno Couto | Jornal do Algarve
Negocios e contratos feitos entre amiguinhos para proveito próprio sem ter em conta os prejuizos que irão causar à região e a sua população…!
Que Algarve é este que vive agachado sob o arco da governação PS/PSD e ninguém tem a coragem de bater o pé e dizer não.
O Terreiro do Paço negoceia e as edilidades a Sul ficam de fora das cartas do baralho em todas as decisões que condicionarão o futuro do meio ambiente da província algarvia.
Nunca mais se ouviu falar em regionalização, porque dizem, iria tazer custos acrescidos e desnecessários à província. Eu não sei se iria trazer esses ditos custos. Mas perante este quadro triste e preocupante, não sei se não serão estes os maiores custos que em termos ambientais irão custar à qualidade de vida aos nossos filhos e aos nossos netos.