Novo centro comercial do IKEA inaugurado a 27 de setembro

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O complexo abrange uma loja IKEA (de portas abertas desde março), um centro comercial a abrir em setembro e um designer outlet que será inaugurado em finais de outubro

O MarShopping Algarve, em Loulé, o maior projeto de retalho na área dos centros comerciais a concluir-se este ano, está já com 90% da sua área comercializada. O centro comercial, com data de inauguração marcada para 27 de setembro, e o ‘designer outlet Algarve’ com a abertura prevista para o mês seguinte, vai criar 3000 postos de trabalho, estando neste momento os lojistas no processo de recrutamento.

O complexo comercial da IKEA Centres (o segundo em Portugal depois do Mar Shopping Matosinhos), do grupo IKEA, ficará assim completo depois da abertura no passado mês de março da loja IKEA Loulé que conta atualmente com 250 trabalhadores.

O centro comercial vai ter 110 lojas, onde se contam por exemplo a Primark, Mango, Worten, Pingo Doce e várias do grupo Inditex (Zara, Massimo Dutti, Bershka, etc.), entre outras. Já o outlet terá no total também 110 lojas ainda que nesta primeira fase abram apenas 70.

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Mix escandinavo e algarvio

Dezoito meses depois do arranque da construção está assim prestes a concluir-se uma estrutura que implicou um investimento na ordem dos €200 milhões e que provocou polémica junto dos comerciantes locais devido à sua escala.

A Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) chegou a apresentar várias providências cautelares para tentar impedir a construção do complexo junto ao nó Loulé-Faro da A22, mas o tribunal não deu seguimento.

Vindo de Milão, do Elnos Shopping que serviu de inspiração ao projeto de Loulé, o diretor do MarShopping Algarve, o sueco Herman Gewert lembra que “a concorrência é salutar e esta não vem só dos comerciantes: “Os nossos concorrentes comerciais localizam-se num raio que abrange Faro, Albufeira e Portimão. E depois temos dezenas de quilómetros de praias e pelo menos dois campos de golfe mais próximos a competir também pelo tempo das pessoas que queremos atrair”.

Ciente dessa realidade com tanta distração alternativa na envolvente, o IKEA Centres apostou numa área generosa exterior com 8000 m2 que já fez história no IKEA como a maior área de lazer até agora projetada pelo grupo no seu universo de centros comerciais em 15 países (e 43 localizações). “Queremos criar uma zona especial onde as crianças possam brincar, mas não só. À semelhança do que já é feito no MarShopping Matosinhos vamos fazer várias iniciativas junto dos nossos clientes como sessões de Tai Chi pela manhã ou campeonatos de xadrez ao ar livre pela tarde, por exemplo”, diz o diretor-geral do complexo comercial.

Com inspiração escandinava para o edifício do centro comercial e um registo tradicional a fazer lembrar as típicas vilas algarvias para a área do outlet, o complexo acrescenta a estas 220 lojas mais 3500 lugares de estacionamento.

“São 82 mil m2 de área que vieram ocupar um lote de terreno que não tinha uma utilização relevante. Mesmo assim, o IKEA Centres procedeu a um estudo de biodiversidade antes do arranque do projeto e faremos um novo estudo após a conclusão do projeto para assegurar que o impacto, que se pretende mínimo, foi realmente aquele que previmos”, explica Francisco Coutinho, responsável pelo departamento de expansão do IKEA Centres a nível europeu. Um esforço que também contribuiu para a certificação BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), processo que visa avaliar o desempenho ambiental de um empreendimento imobiliário e muito requisitado na União Europeia para a certificação.

Um processo verificado no Elnos Shopping, em Brescia, perto de Milão, o mais recente projeto do IKEA Centres, inaugurado em setembro passado, com um investimento de €210 milhões. O centro, com áreas de circulação amplas e grandes entradas de luz natural pela cobertura que permitem ganhos energéticos, utiliza outras estratégias aplicadas na arquitetura sustentável como o sistema de gestão automática para o consumo de energia e água ou o aproveitamento da chuva para as águas sanitárias.

Marisa Antunes|Rede Expresso

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