Negociações com o Irão a horas do sucesso ou do fracasso

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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry

“Neste momento as negociações podem ir para ambos os lados”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a propósito do processo negocial que está a decorrer em Viena de Áustria para o estabelecimento de um acordo com o Irão sobre a sua exploração nuclear.

Lideres políticos dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Rússia – mais a Alemanha) participam nas negociações com o Irão, que deveriam ter sido concluídas no passado dia 30, mas cujo prazo foi estendido até terça-feira.

“Nós temos assuntos complicados para resolver”, disse ainda Kerry. “Estas negociações começaram há 12 anos, e agora estamos a 72 horas do momento em que devem ser concluídas”, afirmou por seu turno, durante o fim de semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius. “A questão chave é saber agora se os iranianos vão aceitar fazer claros compromissos, o que até ao momento ainda não foi esclarecido”, acrescentou.

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Num tom mais otimista, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini indicou que o acordo estará muito próximo: “O tempo é agora. Estamos muito perto (…) Não temos um plano B. Se trabalhamos num plano A, então focamo-nos no plano A. Estamos na última milha desta maratona. Estamos em condições de lá chegar”.

Irão diz que nunca estiveram “tão perdo de um acordo duradouro”

Da parte do Irão, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, declarou na sexta-feira que, apesar das divergências, nunca estiveram “tão perto de um acordo duradouro com os negociadores”.

Na terça-feira passada, o Presidente norte-americano Barack Obama frisara que é preciso que o regime Teerão aceite inspeções “sérias e rigorosas” às suas estruturas de exploração nuclear, para que o acordo para o levantamento de sanções ao país seja alcançado.

O principal grupo de oposição ao Irão, o Conselho Nacional de Resistência ao Irão publicou no mês passado um relatório de 28 páginas declarando que o país pretendia manter as infraestruturas intactas para ter capacidade de produzir armamento nuclear.

O regime de Teerão alega contudo que a sua exploração nuclear apenas se destina a fins energéticos.

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