A desigualdade salarial entre homens e mulheres em Portugal continuou a agravar-se em 2012 e atingiu 15,7%, segundo os últimos dados da Comissão Europeia. Este valor mede a diferença média entre a remuneração horária dos homens e das mulheres no conjunto da economia portuguesa e em 2008 era de apenas 9,2%.
A trajetória de agravamento tem sido quase uma constante em Portugal nos últimos anos. Depois de cifrar-se em 9,2% em 2008, subiu para 10% em 2009 e 12,8% em 2010. Em 2011 registou-e uma ligeira descida, para 12,5%, mas que subiu para 15,7% em 2012, o último dado disponível.
Mesmo assim, a desigualdade salarial entre homens e mulheres em Portugal situa-se ainda abaixo da média da União Europeia, que se manteve nos 16,4% em 2012, o mesmo valor que tinha sido registado em 2011.
Os países com maior desigualdade salarial entre homens e mulheres na União, medida por este indicador, são a Estónia (30%), a Áustria (23,4%) e a Alemanha (22,4%). Já os menores valores registam-se na Eslovénia (2,5%), em Malta (6,1%) e na Polónia (6,4%).
RE