Um grupo de mulheres está a lutar para que os hospitais públicos realizem partos na água. Este movimento cívico, denominado Mães d´Água, vai apresentar-se no próximo dia 28 de maio, em Albufeira, para divulgar as inúmeras vantagens da água durante o nascimento dos bebés
“Promover o parto natural na água e criar uma mudança efetiva no SNS português, trazendo de volta o parto na água aos hospitais públicos”, é o grande objetivo das Mães d´Água, um movimento cívico, criado em 2014, por um grupo de mães que tinham tido os seus partos na água no Hospital São Bernardo, em Setúbal, o único hospital público que teve esta opção até 2014. Depois disso, e até à data, não existem projetos de parto na água no SNS em nenhuma região do país.
“A nossa intenção é que os hospitais públicos voltem a realizar partos na água”, referem as responsáveis, que preparam-se para organizar o 1º Encontro sobre Parto na Água, no próximo dia 28 de maio, na biblioteca municipal Lídia Jorge, em Albufeira. Esta primeira iniciativa do movimento na região algarvia tem entrada gratuita e decorre entre as 14h30 e as 18h00.
“A nossa missão é disponibilizar esta metodologia não só em Setúbal, como também noutros centros hospitalares em Portugal”, explicam as Mães d´Água, frisando que, apesar de não se praticarem nos hospitais públicos do Algarve nem doutras regiões do país, “o parto na água continua a acontecer em hospitais privados, clínicas, nos domicílios, e todos os dias há mães e famílias a escolher este modo de nascer”.
O problema é que, lamenta este movimento cívico, sendo esta uma opção exclusiva das unidades de saúde privadas, este tipo de partos é “muito caro” e não está ao alcance de todas as famílias…
(Notícia completa publicada na última edição do JA – dia 19 de maio)
Nuno Couto | Jornal do Algarve
