Mantém-se o suspense sobre a exploração de petróleo

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Há mais de dez anos que a Galp anda de olho na concessão ao largo de Aljezur. Este será, tudo indica, o local do primeiro furo exploratório de gás e petróleo na costa portuguesa, no segundo trimestre de 2018. Os movimentos anti-petróleo não se conformam e vão receber o primeiro-ministro com protestos, no próximo sábado, em Faro. A maioria da população, autarcas, empresários e associações do Algarve está contra a exploração de petróleo, mas a decisão final cabe ao Governo, cuja posição, até agora, foi deixar tudo em aberto…!

Quando, a 1 de fevereiro de 2007, o governo socialista de José Sócrates assinou os contratos de concessão com o consórcio Hardman/Galp/Partex, ao largo da Costa Vicentina e alentejana (nas áreas denominadas de “Lavagante”, “Santola” e “Gamba”), a região foi apanhada de surpresa. Pelo meio, houve diversas adendas aos contratos, sendo que, desde o final de 2014, estas concessões passaram a ser detidas pelo consórcio ENI/Galp. Aliás, a companhia portuguesa esteve sempre ligada, desde o início, a esta concessão.

A contestação agudizou-se no último verão, depois de as petrolíferas portuguesa (30%) e italiana (70%) terem decidido avançar com o primeiro furo exploratório, a 46 quilómetros ao largo de Aljezur. Isto apesar de, em agosto de 2016, ter decorrido um processo de consulta pública que recolheu mais de 42 mil assinaturas contra esse mesmo furo. Esta consulta pública não teve resultados práticos, no entanto, ainda assim, o consórcio decidiu adiar os seus planos, algo que pretende evitar a todo o custo já no próximo ano. O presidente da Galp, Carlos Gomes da Silva, disse mesmo recentemente que o furo será realizado entre abril e junho de 2018.

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“É tempo de a população elevar o grito de revolta”

Para pressionar António Costa a anular todas as concessões ainda em vigor, vários movimentos anti-petróleo vão marcar presença na Festa de Verão do PS, marcada para o próximo sábado, dia 26, no Largo da Pontinha, em Faro, onde o secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro fará o discurso de encerramento, a partir das 18h30.

“Agora que o consórcio Galp/ENI confirmou a sua intenção de esburacar a costa litoral do Algarve, daqui a uns poucos meses, em 2018, pondo em risco a sustentabilidade ecológica da Costa Vicentina, é tempo de a população do Algarve elevar o grito de revolta e dizer bem alto ao Governo da ‘geringonça’ e seus apoiantes que basta de manigâncias, de faz de conta, e de enganos de ocasião, que apenas servem para iludir as populações e não travaram ainda o furo de Aljezur”, acentua João Eduardo Martins, do Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP)…

(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 24 DE AGOSTO)

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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