Após uma semana de intensos ataques militares israelitas sobre a Faixa de Gaza, John Kerry, Secretário de Estado dos EUA, voa até ao Cairo onde vai renovar uma oferta de mediação para encontrar uma solução para o conflito, que já provocou a morte de 175 palestinianos.
O chefe da diplomacia de Washington telefonou ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, no último domingo, para lhe dizer que Israel tem o direito de se defender contra os ataques de ‘rokets’ a partir de Gaza.
Apesar do apoio explícito que manifestou, Kerry sublinhou a sua preocupação com a “escalada de tensões” e afirmou estar pronto “a facilitar o fim das hostilidades”, disse um funcionário do Departamento de Estado norte-americano ao jornal britânico “The Guardian”.
A maioria dos analistas considera que as perspetivas de um cessar-fogo mediado internacionalmente “são poucas” a curto prazo: “É um cenário muito deprimente. Nem o Egito, nem os EUA, as duas partes internacionais que podem intervir, estão interessados em tomar medidas enérgicas. Os egípcios estão felizes por ver o Hamas sofrer, e os EUA estão a ser cautelosos porque não estão dispostos a entrar num confronto com Israel”, pode ler-se no “The Guardian”.
A União Europeia também está em contacto com “as duas partes na região” para pressionar um cessar-fogo imediato, após uma semana de conflito: “Apelamos a todas as partes para exercer a máxima contenção, para evitar vítimas e para voltar à calma”.
Irredutível, o primeiro-ministro israelita afirmou ontem que “Israel vai continuar a agir vigorosamente para atingir o objetivo da operação: infligir um golpe significativo contra Hamas e outras organizações terroristas na Faixa de Gaza”, disse Netanyahu.
Na sequência de um apelo feito pelo Presidente Mahmud Abbas, a Liga Árabe já solicitou que o “Estado da Palestina seja oficialmente colocado sob regime de proteção internacional da ONU”.
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