A 17 de agosto de 1979, o JA fez manchete com o título: “É quase certa a presença de gás natural ao largo da costa algarvia”. A notícia descreve “um intenso clarão” no mar que iluminou o céu várias noites, durante operações de pesquisa de hidrocarbonetos. Na altura, o incidente provocou “algum alarme e vários níveis de apreensão”, mas, tal como agora, as autoridades portuguesas foram muito reservadas, “como quem apalpa o terreno”. Qualquer semelhança com a atualidade não é pura coincidência…!
Há trinta e sete anos, o JA publicou uma notícia que caiu como uma bomba na região, mas acabou por não desencadear grandes protestos nem reações da população e dos autarcas.
A notícia, tal como foi publicada, a 17 de agosto de 1979, anunciava que “é quase certa a presença de gás natural ao largo da costa algarvia”, frisando que esta poderia ser já uma “realidade a um passo”.
O artigo dava conta que “a plataforma de pesquisa de matérias petrolíferas que operou junto da foz do Guadiana alcançou resultados positivos nos ensaios”, ou seja, “encontrou gás natural”.
A notícia descreve ainda que “as populações da área aperceberam-se do facto pelo intenso clarão que iluminou as noites no final do mês de julho, como um sol a nascer”, tendo estes episódios provocado “algum alarme e vários níveis de apreensão, bem como interpretações erradas do fenómeno”.
Os bombeiros de Tavira chegaram mesmo a pensar tratar-se de um incêndio de grande envergadura, a bordo de um navio…
Notícia publicada na íntegra na última edição do JA – dia 23 de junho)
Nuno Couto | Jornal do Algarve