A seguradora Tranquilidade será vendida vendida ao fundo americano Apollo Global Management por 50 milhões de euros, revela a edição desta sexta-feira do “Jornal de Negócios”.
Os pormenores do acordo estão fechados, faltando apenas que o Novo Banco assuma a titularidade da antiga seguradora do Grupo Espírito Santo (GES) para que a transacão seja formalizada.
O preço é muito inferior ao preço que circulava no mercado como referência (500 milhões de euros) para a venda da Tranquilidade. A gestora norte-americana de fundos já estivera na corrida à compra dos seguros da Caixa Geral de Depósitos.
Mexicanos e americanos
No universo GES, o fundo americano surge depois da supresa mexicana. Esta semana, a Espírito Santo Saúde (ESS) fora alvo de uma Oferta Pública de Aquisição por parte do grupo mexicano Ángeles. na quinta-feira, as ações da ESS fecharam a valer 4,35 euros, acima dos 4,30 euros oferecidos pela Ángeles. O mercado acredita no lançamento de uma oferta concorrente.
O preço da oferta incorpora um prémio de 9,05% face ao último preço de negociação das ações, avaliando a ESS em 410 milhões. No caso da Tranquilidade, a gestora de fundos vai pagar menos de um décimo do valor do crédito de 700 milhões que o BES tinha sobre o Espírito Santo Financial Group (ESFG) em que a Tranquilidade servia de garantia.
A desvalorização da seguradora decorre, assim, da sua exposição à dívida das holdings do GES que estão sob proteção de credores.
Seguros aos balcões do Novo Banco
Segundo o “Jornal de Negócios”, a Tranquilidade foi avaliada em 220 milhões de euros. Mas como o Apollo não assume a dívida da seguradora, o encaixe final para o Novo Banco rondará os 50 milhões de euros. O Instituto de Seguros de Portugal aprovara a venda da Tranquilidade no mês passado.
Neste momento, a operação está apenas dependente da atribuição da titularidade da Tranquilidade, que é detida pelo ESFG, ao Novo Banco. Outro aspeto que falta resolver é o acordo comercial de venda dos seguros da Tranquilidade aos balcões do Novo Banco.
Depois de ter perdido, em fevereiro, a corrida à privatização da Fidelidade, o Apollo manifesto logo interesse na seguradora do GES.
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