Forças pró-russas ignoram ultimato ucraniano

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Mais de três horas depois de ter chegado ao fim o ultimato do Presidente interino da Ucrânia, Alexandr Turchínov para que os cidadãos pró-russos deponham as armas e abandonem os edifícios públicos que ocupam na região oriental do país, o repórter da Reuters em Slaviansk informa que homens armados permanecem em dois edifícios do governo.

A manter-se a situação e se ameaça for cumprida, o Exército ucraniano será chamado para restaurar a ordem. As autoridades ucranianas não têm dúvidas de que, os homens que tomar de assalto os edifícios públicos são “forças especiais russas” que procuram “desestabilizar” a situação em todo o país.

O embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Yuriy Sergeyev, garantiu esta madrugada durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, que está a acontecer no país é “uma operação terrorista em grande escala orquestrada pela Rússia” e garantiram que o seu Governo não permitirá que se repita a situação da Crimeia.

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“Milhares de milhares de cidadãos estão a ser ameaçados por pequenos grupos de separatistas armados”, insistiu Yuriy Sergeyev logo a seguir em declarações aos jornalistas onde também salienta que Moscovo tem agora uma postura de “patrocínio” ao terrorismo depois de o ter combatido.

O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, reconheceu perante o Conselho de Segurança que a “situação extremamente perigosa” mas negou o envolvimento de Moscovo.

“Alguns, incluindo nesta sala, não querem ver as verdadeiras razões do que se passa na Ucrânia e estão, constantemente, à procura da mão da Rússia atrás do que está a acontecer. Já chega”, clamou o embaixador russo na sua intervenção.

O representante russo insistiu na mensagem revelada anteriormente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do seu país e sublinhou que cabe ao Ocidente fazer algo para “evitar uma guerra civil na Ucrânia”.

Durante a reunião do Conselho de Segurança a embaixadora norte-americana, Samantha Power, disse que os “cidadãos preocupados” de Sloviansky e outras cidades estão equipados “exatamente como as tropas de elite que ocuparam a Crimea” e que “muitas das unidades que temos visto foram equipadas com coletes à prova de bala e uniformes camuflados”.

“Sabemos quem está por detrás disto, a única entidade na área capaz deste tipo de ações coordenadas de forma profissional é a Rússia”, disse a embaixadora norte-americana.

Já o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, resumiu a situação dizendo que os grupos “profissionais, bem armados e bem equipados” estão a executar “operações bem coordenadas”.

Este é um esquema “demasiado familiar” que “aponta claramente para a Rússia”, acrescentou Lyall Grant, quando acusou Moscovo de usar “pretextos fabricados” para a sua “postura agressiva”.

O embaixador francês, Gérard Araud, disse, por sua vez, que as ocupações dos edifícios nas últimas 48 horas “são as mesmas que a Rússia classificou no mês passado de manifestações espontâneas, de autodefesa, de grupos locais. No entanto, advertiu, na altura “ninguém acreditou” e por isso, questionou,”como se pode acreditar agora?”.

RE

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