A polícia de Las Vegas iniciou uma investigação de homicídio em torno da morte de B.B. King, na sequência das acusações lançadas por duas das suas filhas que dizem que o rei do blues foi assassinado pela sua agente e pelo seu assistente pessoal .
“Eu acredito que o meu pai foi envenenado e que lhe foram administradas substâncias exteriores para lhe induziram a morte prematura”, afirmaram Patty King e Karen Williams em comunicados similares que ambas enviaram à agência Associated Press através da sua advogada Larissa Drohobyczer. As filhas dizem que a agente LaVerne Toney e o assistente Myron Johnson lhe deram medicação para lhe induzirem um choque diabético.
A autópsia foi levada a cabo no domingo e os resultados podem demorar até oito semanas a chegarem, mas os dados preliminares não apontam contudo para o envenenamento.
B. B. King morreu a 14 de maio aos 89 anos num lar de Las Vegas onde fora internado após o seu estado de saúde se ter deteriorado.
As suas filhas dizem que King foi “sequestrado de todos os membros da sua família na semana antes de morrer” e que Toney e Johnson foram as únicas pessoas que ficaram junto dele.
Procurador diz que King morreu pacificamente durante o sono
O procurador Brent Bryson assegurou contudo que três médicos certificaram que o músico estava a receber a assistência adequada e que foi mantido em vigilância médica permanente até “ao momento em que faleceu pacificamente durante o sono”. Nenhum familiar estava presente nesse momento.
Uma semana antes da morte do músico, um juiz de Las Vegas recusou um pedido de Williams para ficar com King à sua guarda.
A 29 de abril alegara que Toney impedira que os amigos de King o visitassem, que colocara os membros da sua família na lista de pagamentos e ainda que largas quantias de dinheiro haviam desaparecido das contas bancárias do músico.
“Elas estiveram sempre a lançar acusações. O que há de novo?”, afirmou Toney, que trabalhou com King durante 39 anos e era responsável pelos seus assuntos jurídicos.
King casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois com Sue Carol Hall, desde 1958 até 1966. O artista deixou 14 filhos e mais de 50 netos.
O seu legado deverá valer dezenas de milhões de euros.
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