“Aljezur, Recordar o Passado” é o nome da exposição de fotografias que está patente, até ao próximo dia 31 de agosto, na sede da Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur (ADPHA).
A mostra é composta por cerca de vinte imagens de monumentos e locais emblemáticos do concelho de Aljezur, tiradas na década de 70.
“A presente exposição transporta-nos aos anos de 1973 e 1974. Nas fotos obtidas por um nosso associado, leva-nos a descobrir Aljezur, hoje, nalguns locais com profundas alterações, quer urbanísticas, quer ambientais, quer mesmo históricas”, salientam os responsáveis da ADPHA.
Os promotores desta iniciativa realçam ainda alguns aspetos curiosos desta exposição, que dá conta da evolução de alguns locais, como o local onde outrora se realizava a feira e os mercados de gado, o Largo da Igreja Nova, hoje Largo 1º. de Maio, a antiga Rua de Lagos, hoje Rua 25 de Abril, ou a encosta do castelo, outrora despida de qualquer vegetação, hoje com iluminação e densa vegetação. “Estas imagens recordam-nos um passado de pouco mais de quarenta anos”, frisa a organização, dando ainda como exemplo a destruição de casas seculares no centro histórico de Aljezur, como foi o caso da Casa Cabral, exemplar arquitetónico oitocentista, com janelas de guilhotina viradas a nascente, que ocupava todo o quarteirão constituída pela Rua de Lisboa, Largo do Pelourinho e Largo 5 de Outubro. “Dessa casa nada resta”, lembram.
“E que dizer ao Largo da Igreja Nova despido de carros, ou às terras agrícolas envolventes à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Alva, que se encontram totalmente urbanizadas! Aqui construíram novos bairros, rasgaram arruamentos, edificaram-se edifícios públicos: centro de saúde, paços do concelho, bombeiros voluntários, junta de freguesia, unidade de cuidados continuados, ou novas superfícies comerciais e outros equipamentos, como é o caso da escola básica”, sublinha a organização.
JA