Esta feira tem tudo e mais alguma coisa

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Albertino Ramos é natural de Lagoa e vende polvo assado na Fatacil desde a primeira edição

Aos 75 anos, Albertino Ramos, ex-pintor da construção civil, continua a vender polvo assado na Fatacil. Já lá vão 36 verões! Este é apenas um dos 700 expositores desta feira, que decorre até domingo, em Lagoa. Neste certame há de tudo, literalmente! Há carros, animais, comida, roupa, materiais de construção, produtos de saúde, colmeias, enchidos e muito, muito, muito mais…! Uma feira que junta tudo isto num só recinto só pode ser… a Fatacil

Foi num final de tarde abafada de sexta-feira que arrancou a 36ª edição da Fatacil de Lagoa, que se prolonga até ao próximo domingo, 30 de agosto. As filas de trânsito à entrada do recinto já prenunciavam uma enchente de visitantes logo na primeira noite, para se juntarem à enchente de expositores deste ano, e foi o que aconteceu.

À entrada, entre a satisfação e a surpresa, as primeiras pessoas a pisar a Fatacil percebiam logo que não estavam numa feira qualquer. Neste certame, lado a lado, há pipocas, roupas de todas as cores e feitios, artesãos a trabalhar o barro ao vivo, ovelhas e vacas algarvias, restaurantes com pratos regionais e centenas de outros espaços de exposição onde se pode encontrar de tudo um pouco, sem esquecer os melhores produtos regionais e os palcos com vários espetáculos musicais.

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Já ao fundo da primeira “rua”, encontrámos um vendedor de polvo assado que nos pareceu familiar. Trata-se de Albertino Ramos, tem 75 anos e nunca faltou a nenhuma edição da Fatacil. “Há 36 anos que vendo polvo assado nesta feira. Nunca fiquei doente e faço-o com muito gosto. É uma tradição do Algarve que faço questão de manter e divulgar”, afirma ao JA o vendedor ambulante, agitando energicamente o abanico para fazer do carvão uma brasa intensa. Pega num pedaço de polvo seco para o colocar no fogareiro e continua a falar connosco: “Os portugueses e, principalmente, os espanhóis é que pegam nisto e não querem outra coisa. Adoram. Já os outros estrangeiros não gostam muito”, revela.

“Uma montra do país”

Com um ar sempre sorridente, Albertino – “nascido, criado e crescido” em Lagoa – diz que não se pode queixar das vendas, mas isso também parece que não é o mais importante. “O dinheiro está um bocado escasso, mas também não fico mais rico nem mais pobre nestes dez dias. Dá para os gastos”, conta.

Já o presidente da Câmara de Lagoa, Francisco Martins, realçou na inauguração do certame, na passada sexta-feira, que “a Fatacil é uma montra do país”, mas também “uma montra de Lagoa para o país e para o mundo”.

Nesse sentido, o autarca reafirmou a aposta da câmara em renovar a feira, cuja primeira edição remonta a 1980 (com 1.500 visitantes), e “tornar este evento cada vez maior”. Para este ano, a organização estima que se ultrapasse a fasquia dos 170 mil visitantes durante os dez dias.

A edição 2015 da Fatacil tem como novidades “cerca de 40 por cento de expositores novos, mais artesãos a trabalhar ao vivo, maior diversidade regional no setor gastronómico, maior oferta cultural e de projetos interativos com os visitantes”. Este ano, a feira tem como tema o “Vinho e a Vinha”, com a realização de uma grande mostra de vinhos portugueses.

O espaço “Amar a Terra” também merece destaque nesta feira, com uma grande mostra dos produtos de excelência da região. Vinhos, doces, licores, carnes das raças autóctones, enchidos, laticínios, citrinos, frutos secos, ervas aromáticas, conservas, mariscos e muitas outras riquezas do Algarve podem ser apreciadas em provas diárias e compradas a preços vantajosos de feira.

A grande novidade desta 36ª edição é a realização de festas “after-hours”, da 1h00 às 3h00, nos últimos três dias da Fatacil 2015.

O que ainda pode ver na FATACIL

Dia 29 – Daniela Mercury
Dia 30 – Anselmo Ralph

Nuno Couto/JA

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