Endurece a greve na Air France

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A administração e os sindicatos dos pilotos da Air France apenas estão de acordo num ponto, a constatação de que as negociações entre as duas partes se encontram bloqueadas. Esta terça-feira o movimento grevista deverá atingir 60% dos voos da companhia aérea francesa, contra os 48% registados na véspera. Os sindicatos dizem que o conflito poderá continuar até ao início da próxima semana. “Na quarta-feira o tráfego de Air France poderá parar”, avisa Jean-Louis Barber, líder do sindicato dos pilotos, SNPL.

A direção da transportadora reconhece que a situação é complicada e recomenda aos seus clientes com voos marcados até 22 de setembro para “adiarem as suas viagens ou trocarem os bilhetes sem custos”. A companhia diz que esta paragem fazer perder entre 10 e 15 milhões de euros por dia à empresa.

Os sindicatos contestam as consequências do plano “Perform 2020”, com o qual o grupo AirFrance/KLM, o segundo maior da Europa depois do alemão Lufthansa, pretende reforçar a sua filial low cost Transavia. O objetivo é transformar esta última numa das maiores do sector para concorrer, designadamente, com a easyJet e a Ryanair.

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Os sindicatos dizem estar de acordo com os objetivos do plano, mas não com a prevista redução de pessoal na Air France nem com as condições de trabalho e os salários praticados pela Transavia. O SNPL, maioritário na companhia, exige que as remunerações na filial sejam equiparadas às da casa-mãe. De um modo geral, os salários na Transavia são 20% mais baixos do que na Air France. Nesta, um piloto pode ganhar, no topo da carreira, 250 mil euros por ano; na Transavia, 180 mil euros.

A administração pretende mais do que duplicar a frota da filial nos próximos cinco anos reforçando desse modo, consideravelmente, a sua presença na Europa e em França. “É um projeto magnífico que deverá criar um milhar de empregos”, sublinha Alexandre de Junic, presidente da Air France/KLM. Mas sobre o conflito atual com os sindicatos, a direção da companhia mostra-se pessimista. “Não há ainda uma saída de crise”, disse esta manhã um dirigente da Air France à rádio Europe 1.

RE

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