Dificuldades económicas disparam atrasos nos pagamentos da água, gás e eletricidade

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O agravamento da crise económica ao longo dos últimos anos levou muitos cidadãos europeus a adiarem o pagamento das contas da água, gás e eletricidade e, em muitos casos a não pagarem de todo as despesas nessas áreas.

De acordo com um estudo hoje divulgado pela Intrum Justitia (uma das maiores consultoras europeias na área dos serviços de gestão de crédito e cobrança), as utilities registaram um aumento nos atrasos dos pagamentos [71%], pelo terceiro ano consecutivo (entre 2011 e 2014), a nível europeu.

Por outro lado, os incobráveis (facturas vencidas que nunca serão pagas), aumentou nos últimos quatro anos 67%, “o que representa um grande impacto negativo financeiro para as empresas, influenciado pela permanente necessidade de serviços pelos consumidores”.

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Ainda segundo o estudo intitulado “EPI 2014 Industry White Paper”, que inquiriu mais de 10 000 empresas de 31 países europeus, o atraso nos pagamentos e empregabilidade no sector estão mutuamente dependentes.

Em relação a Portugal, os resultados da Intrum Justitia demostram que, devido aos prazos de pagamentos, as empresas fornecedoras de água, gás e eletricidade foram obrigadas a cessar a contratação de novos colaboradores assim como recorrer a despedimentos.

“No sector das utilities 50% das empresas não contratou novos colaboradores e 33% reduziu o seu número de funcionários. Valores muito superiores à média europeia: 12% das empresas admitem que os atrasos de pagamentos levaram à necessidade de despedir colaboradores e 26% das empresas referiram que não tem condições para novas contratações”, conclui o estudo agora apresentado.

RE

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