Desafio entre cursos termina em três mortes junto à Universidade do Minho

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Três estudantes entre os 18 e os 21 anos morreram soterrados após a queda de um muro junto à Universidade do Minho (UM), em Braga, e três ficaram feridos. O acidente aconteceu depois de um despique de cânticos entre alunos de Engenharia Informática e Medicina.

Alguns estudantes subiram o muro, que acabou por ceder, soterrando quem estava por baixo, apurou o Expresso. O muro estava situado a cerca de 100 metros da UM, numa zona de cafés onde habitualmente se reúnem muitos estudantes.

Os três alunos que morreram eram do curso de Engenharia Informática e eram provenientes de Braga, Porto e Vila Real. Os três feridos foram encaminhados para o Hospital de Braga: dois apresentaram escoriações ligeiras nos braços e pernas e um deu entrada com fraturas, mas “nenhum inspira cuidados de maior”.

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Foram chamados ao local psicólogos do INEM e da Escola de Psicologia da UM para dar apoio aos alunos que presenciaram o acidente e aos familiares e amigos das vítimas.

“Os estudantes estão em estado de choque. Está a ser um momento muito difícil para todos”, diz ao Expresso o presidente da Associação Académica da UM, Carlos Videira. “Lamento o sucedido, mas ainda é prematuro falar do que aconteceu.”

Vinte bombeiros e sete carros dos Sapadores de Braga deslocaram-se para o local após ter sido recebida uma chamada de emergência, pelas 19h45.

Contactado pelo Expresso, o reitor da UM, António Cunha, diz que não comenta o sucedido, mas deixa uma nota de pesar às famílias das vítimas. Entretanto, a UM já reagiu em comunicado.

“A Universidade do Minho lamenta profundamente o sucedido, apresenta às famílias dos estudantes falecidos as suas mais sentidas condolências e exprime a sua solidariedade para com todos aqueles que foram afetados por esta tragédia”, refere o curto comunicado.

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, adianta ao Expresso que se trata de “um muro isolado à universidade de uma zona baldia” e que, “até à data, pelo menos neste mandato, nunca foi reportada qualquer queixa sobre a estrutura do mesmo”. O muro servia de suporte a caixas de correio de moradores de prédios envolventes, acrescenta.

O autarca refere ainda que técnicos dos serviços municipais e engenheiros da universidade do Minho deslocam-se ao local esta quinta-feira de manhã para realizar uma peritagem ao muro com vista a apurar as causas do acidente.

RE

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