Deputado algarvio do Bloco preocupado com implantes de silicone PIP

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João Vasconcelos, Bloco de Esquerda

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Os deputados do Bloco de Esquerda João Vasconcelos, eleito pelo Algarve, e Moisés Ferreira, questionaram o Governo, através do Ministério do Saúde, sobre qual o acompanhamento que está a ser feito às mulheres com implantes de silicone pré-cheios do fabricante Poly Implant Prothese, designados por implantes PIP.

Os parlamentares do Bloco pretendem saber qual o acompanhamento que está a ser feito pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) às mulheres com implantes PIP, isto é, se todas aquelas que receberam um implante PIP foram contactadas pelo SNS para monitorização dos implantes e se foi dada informação acerca dos riscos que estes acarretam.

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Em 2012, o Infarmed ordenou a suspensão da comercialização no país dos implantes mamários da marca PIP.

A decisão baseou-se em informação fornecida pela autoridade competente francesa que verificou um aumento do número de incidentes com este dispositivo médico, na medida em que se verificavam ruturas na prótese com consequências locais, obrigando a uma intervenção cirúrgica para a sua remoção.

A Direção Geral de Saúde (DGS), que também acompanhou a situação, recomendou, na sequência da audição de peritos nas especialidades envolvidas, que as mulheres a que haviam sido implantadas próteses mamárias da marca PIP deviam consultar o cirurgião ou médico assistente.

A DGS recomendou ainda que todas as mulheres que haviam realizado explantação ou que fossem portadoras da referida prótese deviam manter vigilância médica regular, e que os médicos que acompanham estas mulheres devem notificar sobre eventuais incidentes com estes implantes.

Ainda em 2012, a DGS realizou um estudo sobre a implantação da marca PIP em Portugal, o qual resultou dum inquérito enviado a todas as instituições e serviços de saúde que haviam adquirido implantes daquela marca.

Responderam 24 das 56 entidades inquiridas, tendo sido apurado que tinham sido realizados 799 transplantes e deste haviam sido realizadas 177 explantações, estando 93 utentes a aguardar uma intervenção cirúrgica.

Passados quatro anos, os parlamentares do Bloco consideram fundamental fazer um ponto da situação sobre os implantes PIP, designadamente sobre quantas explantações foram efetuadas até à data e se é assegurado este procedimento a todas as mulheres que o requeiram, na medida em o implante tenha sido colocado no âmbito do SNS.

Por fim, que medidas irá o o Governo tomar no sentido de evitar riscos para a saúde das mulheres com implantes PIP uma vez que, mesmo não havendo rutura, estes implantes têm um tempo de uso inferior aqueles que se encontram atualmente homologados.

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