Aquilo que mais se pode desejar este Ano Novo, ora iniciado é, em relação à capital da região algarvia, com os votos das maiores felicidades para os seus habitantes, o desenvolvimento económico, que o mesmo é dizer surjam novas indústrias e um novo crescer nos mais diversos setores. Assim aconteceu há quatro séculos quando, por “graça del Rei D. João III, o Piedoso” Faro foi elevada à categoria de cidade e o burgo conheceu todo um crescimento que fez dela a sede administrativa do então “Reyno dos Algarves”.
A proximidade com o Norte de África, a plena navegabilidade da Ria, as riquezas endógenas dos terrenos em derredor (as Campinas foram até há poucas décadas considerados dos melhores terrenos agrícolas do País, conforme escreveu o saudoso cientista e político professor Henrique de Barros), as unidades fabris que surgiram com aproveitamento dos produtos locais (alfarroba, cortiça, vinhos, etc), a fixação de novos investidores, entre os quais os judeus que regressaram depois da sua expulsão e que deixaram obra e história assinaladas na cidade, foram fatores, que determinaram de forma insofismável para o crescimento de Faro.
A Universidade, tem-no demonstrado internacionalmente, conquistando em cada dia mais e mais prestígio científico, é um elemento decisivo neste dossier “desenvolvimento de Faro”. A ciência e os seus frutos pode e devem ser decisivos para a nova capital algarvia e constituir um elemento decisivo para que um outro californiano “south valley” surja.
A construção e reparação navais têm marcado espaço no processo, tal como o turismo, que não pode nem deve constituir uma monocultura económica, mas parte de um plano para que haja mais riqueza, progresso e desenvolvimento.
Sem o crescer em termos de economia teremos uma cidade amorfa, vivendo dos serviços públicos e toda a população farense e arredores não evolui em termos sociais, como é o voto e o desejo maiores que formulamos para 2018! Feliz Ano!
João Leal