CRÓNICA DE FARO: “O mundo é o nosso campus”

Opinião de João Leal

A fase direta, elucidativa e de uma evidência real e autêntica é do professor Dr. António Branco, magnífico reitor da UAlg (Universidade do Algarve), inserta na capa da revista UAlgZine, órgão mensal daquela prestigiada instituição académica que tantos esforços para a sua concretização, durante décadas, arrancou das gentes algarvias. Reafirma aquele mestre que o estabelecimento de ensino superior é “um porto seguro e desafiante para todos os cidadãos do Mundo” isto a propósito do crescente número de estudantes estrangeiros que aqui vêm para alcançarem as suas licenciaturas, mestrados e doutoramentos, havendo ultrapassado desde o ano letivo de 2009/10 as suas congéneres portuguesas (exceto com uma diferença mínima em 2012/13). Nos últimos dez anos mais de 5 mil alunos (mais de 10% dos estudantes) são estrangeiros, vindos de uma centena de países, alguns tão distantes, geográfica e institucionalmente, como por exemplo Sri Lanka, Trinidad e Tobago, Nepal, Bangladesh, Mongólia ou Taiwan.

Honra o Algarve, também, a circunstância de a sua Universidade, ter sido, desde 2004, “líder e pioneira em Portugal na coordenação de Programas Erasmus Mundus (Comissão Europeia) e o seu reitor estabelece o espírito deste século XXI ali existente com o que rodeou a criação, no século XV, da Escola de Sagres, “como um espaço de desenvolvimento da tolerância e do são convívio multicultural e multireligioso que tanta falta fazem à Europa hoje”.

Das muitas entrevistas que a UAlgZine, com uma tiragem de trinta mil exemplares, todas revelam a excelência da terra algarvia (hospitalidade, ambiente, gastronomia, etc), a capital sulina merece as mais entusiásticas referências. Ao acaso transcrevemos o que aponta Marina do Carmo Alves, que veio de Brasília, para obter a sua licenciatura em arquitetura paisagística e que adora viver em Faro “…é uma cidade pequena, mas que tem tudo o que é preciso, além disso as pessoas estão sempre dispostas a ajudar. Sempre que passeio pela cidade, lembro-me das cidades pequenas e históricas de Minas Gerais”.

Encerro esta crónica com os votos de verdadeiro e assumido futuro expressas pelo prof. Dr. António Branco: “É este o espírito que nos anima a abrir as nossas portas a todos os cidadãos estrangeiros que, em percursos de curta ou longa duração, queiram estudar ou investigar connosco: prosseguimos convicta e persistentemente o combate por uma cidadania comprometida com as mudanças sociais, económicas e culturais que se exigem à Europa do século XXI… fazendo da própria Universidade do Algarve, um porto de abrigo seguro e desafiante para todos, nacionais e estrangeiros, finalmente despidos do que artificialmente os separa para melhor proveito do que os une”.

João Leal

 

Deixe um comentário

Exclusivos

Autarca de Tavira garante que Plano de mobilidade tem “as melhores soluções”

O estudo do Plano de Mobilidade Sustentável da cidade de Tavira, encomendado em 2019...

Extrema-direita é primeira força política na região

A vitória do Chega no distrito de Faro, com 27,19% dos votos, foi a...

Água lançada ao mar pelo Alqueva daria para encher barragens algarvias

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), com sede em Beja, anunciava...

As expetativas dos algarvios para as eleições legislativas

As perguntas Quais são as expetativas que tem para estas eleições legislativas? Tem acompanhado os debates?...

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.